quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

EMOÇÃO, GRITO, PAIXÃO

Cravo no crivo
Vivo
Verde e Rosa
Beija-Flor
Na avenida inteira
Salgueiro
Minha Imperatriz Leopoldinense
Nesse Império Serrano
Passa ano ensaiando
Na Vila Isabel
O carnaval começa no chão
E chega ao céu...

Sambas, alegorias, paixão
Estácio majestoso Estácio
De Sá sabe cantar
Na Mocidade Independente de Padre Miguel
No meio da Sapucaí
A luz, a multidão, a emoção
Dos Acadêmicos do Grande Rio...

Unidos...
Da Tijuca
Do Viradouro
Do Porto da Pedra
No carnaval dos sonhos
Ano após ano
O coração palpita
Portela
Nesta apoteose
Todas elas
Escolas do coração
Na Sapucaí
Na quarta-feira de cinzas
Da redenção a glória
Mas o que importa é a paixão...


MAURO ROCHA 18/02/2009


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

AO ENTARDECER

Sopra o vento e bate a porta...
...O destino...
Palavras tortas
O mundo diluído...
...Na solidão...
Como na canção
Procuro o refrão
Numa nota só
Só magia
Poesia
Citações
E o destino corre nas veias
Incendeia
Caminhos tortos
Caminhos lógicos
Uma estrela na mão
Uma saudade então
O que vai ser hoje?
Uma lágrima feliz
Ou um sorriso triste?
Um desejo perdido
Ou um abraço amigo?
E sopra o vento na mão riscada...
...O destino...


MAURO ROCHA 16/02/2009


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

TEMPESTISIDADE

Cigarras cantam seus cânticos
Absurdamente monólogos
Enquanto o lápis risca o papel
Numa tentativa de definir sexo e amor
E quem disse que aquela “rapidinha”
Não é amor entre linhas?
E quem disse que aquele encontro demorado
Não foi apenas sexo pensado?
Mas como definir o indefinido
Como dizer se quem está fazendo sexo
Não está fazendo amor?
E quem está fazendo amor
Não está fazendo sexo?
Nesta linha inseparável
Onde a imaginação pula
O romantismo pulsa
Ou a falta dele suplica
Entre homens e mulheres
A relação de amor e sexo
De sexo e amor
É tão simplesmente complexa
E tão complexamente simples
Que me pergunto em quantos monólogos
Cantamos?
Ou quantos diálogos conversamos?
Para entender que amor e sexo
Faz parte do que amamos...

MAURO ROCHA 11/02/2009






quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

LENDAS URBANAS, NOITES HUMANAS

Quando quero exorcizar meus demônios
Ouço The Smashing Pumpkins
Você pode dizer que sou esnobe
Mas sou o nada encima das planices
Um anjo com seus vícios
A fase aborrecente diante do espelho enfrente aos seus pais

Quando quero exorcizar meus demônios
Mergulho na noite ensolarada de estrelas cadentes
Perfeita
Para os sonhos e delírios
Mapas astrais e desenhos em tuas mãos
Acaricio teus cabelos e beijo o canto de tua boca
Leio poemas eróticos em noites toscas

- Ola! Lembra de mim?
- Não!! Mas minha face partida precisa de uma palavra amiga.
- Sou seu mais louco desejo.
- Impossível! Morri há meses, inconformado me colocaram no limbo.
- Mas tudo isso pode ser um truque.
- Será!? Beijei a água, deitei com o fogo então venderam minha alma...
- Não...E estou aqui para provar, estou nua e com vontade de amar.
- Amor!? Foi o que me deram e me tiraram, não posso acreditar.
- Ok! Vamos devagar, vamos nos conhecer, nos apaixonar, depois então...amar...

...Acaricio teus cabelos e beijo o canto de tua boca
Leio teu corpo em movimento
Você pode dizer que sou esnobe
Mas sou apenas o anjo que anda do seu lado
Na solitude da noite escura
Que escore por entre teus olhos...

MAURO ROCHA 05/02/2009