Parado no tempo
das palavras fugidas
estava o poeta
e o fio da vida
em sua eloqüente imaginação
catava letras estendidas no chão
para formar seu caminho de pedras
linhas e paixão
Paixão feita de água
de fogo e de ar
paixão como poucas
que souberam amar
E o amor do poeta
está no verbo
na lágrima azul
no sorriso aberto
Nas montanhas
que descem para a mata virgem
na preguiça das tardes de domingo
nas mãos dadas, debaixo do abrigo
E o tempo pára
diante da poesia
de Ferreira Gullar
de Carlos Drummond de Andrade
de Cassiano Nunes
e a luz da manhã...
que esconde a noite
em seu sorriso
e o poeta passa despercebido
riscando suas lembranças.
MAURO ROCHA
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