A areia nas mãos
Escapa com o vento
Escapa nos dedos
Escapa no deserto
Os momentos e desejos
Que nem sempre vejo...
Toda válvula é de escape
Escapa o tempo
Quando olho para a infância
É a adolescência que escapa da lembrança
Quando olho para a velhice
É a mocidade que escapa da memória...
Escape do cotidiano
Escape todos os anos
Das noites sem nomes
Dos dias sem donos
Das doces ilusões
Nos desertos de desejos...
A areia nas mãos
Nem sempre te vejo....
MAURO ROCHA 25/05/2009
3 comentários:
Quantas coisas nos escapa....
Quando eu gostar mais do que o normal eu digo - gostei.
abraços
No deserto encontrei uma pessoa nua, bestial,
que tinha nas mãos o coração e dele comia
perguntei; está gostoso amigo?
Ele respondeu, está amargo muito amargo , porque é amargo e é meu coração.
Mauro,
Só da vida não podemos escapar.
Em beijo e uma quarta de muita paz.
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