Na transparência e no
desejo escrevo
O poema que inicia o
ano cheio de incógnitas
O poema que inicia o
ano cheio de esperanças
E seja na chuva, ou
seja, no sol trilho meu caminho...
Mas a poesia quer
mais, mais que um caminho.
Caminho esse que às
vezes sigo sozinho
Caminho esse que
deságua no mar
Caminho esse que
ultrapassa o tênue espaço de amar...
E na cidade invisível
com meus olhos sensíveis reflito luz neon
E na cidade onde sou
individuo identifico todos os sons gemidos pela noite
E na cidade
aglutinada de desejos e segredos transpira o orvalho da manhã
E na cidade o poema
furta-cor tem lua no olhar e gosto agreste...
Na transparência e no
desejo sou medo e pulsação
As palavras travam,
trafegam no vento sem ação.
A folha nua espera o
poema vesti-la e conduzi-la para o próximo ato
As pessoas nuas
querem ser vestidas de palavras sutis e amor...
Lá em cima lua cheia
e aqui em baixo as poças d’água refletem o brilho das estrelas
Lá em cima eclipse
solar e aqui em baixo movimento de corpos como as ondas do mar
A chuva é apenas
lágrimas que lavam as almas perdidas a procura de um coração
O sol esquenta corpos
desejosos do calor no frenesi da estação
Na transparência e no
desejo mergulho no poema-cidade
As palavras edificam,
os olhares cruzam as ruas, os movimentos param no sinal.
As pessoas querem o
calor das pessoas cheio de luz natural
As pessoas querem
apenas amor no coração e a alma flutuando de felicidade...
MAURO ROCHA 11/01/13
Um comentário:
Ola Mauro,
As vezes é tão simples ver um sorriso no rosto das pessoas. Sentir a felicidade.
E pra mim ler seus poemas é assim.
Eu diria cores na vida.
beijos poeta
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