O mundo é catalogado a cada instante
A palavra, o gesto, a comunicação
A poesia, escrita na folha densa, inerte
O amor que morre sem ação...
O mundo é o mundo
E de seus olhos derramam sangue de compaixão
Nos seus ombros carrega-se a dor da triste solidão
e o poeta anda por suas palavras...
Espinhos e flores cofundem-se
O mundo é um deslumbre
Uma luxúria alquimista
Numa constante experiência
Onde pele, carne e ossos se machucam
E o amor morre sem ação...
MAURO ROCHA 31/01/03
6 comentários:
Poeta, sua poesia deu uma remexida em minha alma. Esquentou o sangue.
Ela toda bonita.
Ao me conhecer melhor, verás que sempre delas extraio algo. Fico então com essa parte.
"Nos seus ombros carrega-se a dor da triste solidão
e o poeta anda por suas palavras..".
E fazem das palavras a companheira das horas de dor, de amor, de solidão....
abraços e muita inspiração.
Não tem como não lembrar do Drummond: "mundo vasto mundo..." mas vc está certo, tudo no mundo hoje é categorizado... Até o amor.
Bom dia!
;)
Paula, obrigado.
Canto da Boca, Drummond sempre Drummond, o mestre.Obrigado fico feliz com suas palavras.
Mundo fútil de substantivos...
em que as coisas morrem.
Até mesmo os abstratos substantivados
como o amor.
Suponho que quando algo se tranforme, mude, perca a essencia, possa ser considerada uma morte.
É lindo andar por palavras, usa-las como caminho, pontes e estradas. Gostei muito.
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