Olho
para o amanhã e vejo você me chamar
Olho
para a noite e vejo você chorar
Somos
fantasmas
Somos
páginas viradas
Vago
pelo mundo
Carregando
as pedras nos ombros
Vejo
tudo em preto e branco
A
dor é relativa
As
feridas eternas é o que castiga
Onde
estão minhas origens?
No
negro de olhos azuis?
No
índio nu!
No
branco que veio do sul?
Ou
na mistura de todos eles
Passada
por gerações
Numa
árvore sem explicação
Sem
idade, identidade, apenas o destino traçado na mão...
Olho
para o espelho e não me vejo
Sou
apenas um fantasma
Procurando
respostas no meio da madrugada
Tentando
entender minha morte passiva
Figura
decorativa de vida cotidiana
Figura
frenética da vida cibernética
Vive
os dias por obrigações mundanas
Vive
a noite das fantasias humanas
Somos
fantasmas modernos
Não
morremos ou somos enterrados com ternos
Somos
apenas mais um na multidão
Somos
nicknames fugindo da solidão...
MAURO ROCHA
31/08/2012
5 comentários:
Lindo poema e inspiração.Somos mesmo assim...abraços,chica
Muito bom Mauro!
Bom dia!
A inquietação do ser fazendo nascer um belo poema.
Ola Mauro,
Eu adorei.
Somos fantasmas modernos
Não morremos ou somos enterrados com ternos
Somos apenas mais um na multidão
Somos nicknames fugindo da solidão...
Triunfal esse final.
Inspiração, 10.
Beijos e um restinho de quinta com paz.
Ei! Tenho uma foto com a sua ao lado rsrs.
Belo poema, estou chegando aqui,
ja seguindo e volto depois que ler mais um pouco de voce.
Te aguardo entre meus versos.
Bjs
Postar um comentário