Eu
faço manuscritos
Hermeticamente
desenhado no papel branco
Ou
de qualquer outra cor urgente
Num
olhar fixo.
Busco
no verbo o lirismo
Não
faço poema sem poesia
Dentro
de um coração apaixonado
Num
olhar místico.
Talhado
no tempo entre o dia e a noite
Vou
lapidando palavras dentro da geografia
Como
um rio que nasce sem rumo e morrer misturado ao mar
Num
olhar abstrato.
Fervo
as imagens na janela que me abre o mundo
Retrato
o espaço nos passos de uma dança acasalada
Não
explico o inexplicável apenas bate meu coração
Num
olhar perdido.
Não
faço rabiscos
Tudo
já está escrito nas estrelas
Dentro
de um coração solitário
Num
olhar oblíquo.
Busco
a leve respiração ofegante
Amante
das belas artes nua
Dentro
de um mundo caótico mergulhado nas nuances da esperança
Num
olhar caleidoscópio.
Faço
manuscritos
Escritos
debaixo da lua e suas tristes estrelas mortas
Abro
minha própria caixa de pandora
Num
olhar lúdico.
Faço
rabiscos
Dentro
da realidade que me procura por obrigação
Mergulho
no abismo que me abre a porta da paixão
Num
olhar fosco.
Talhado
no tempo entre o dia e a noite
Vou
lapidando palavras dentro do amor
Como
terra arrida que vai sendo preparada para a primavera
Num
olhar mágico...
MAURO
ROCHA 28/09/2012
Um comentário:
...encanto-me quando encontro
pessoas tão íntimas da poesia!
escreves com a alma e isso
é lindo demais!
parabéns, alma poética!
bj
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