terça-feira, 20 de novembro de 2012

POEMA NA PAREDE

“Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor”.
Já dizia Bob Dylan em seu “Negro Amor”
E o que eu digo agora talvez alguém já desenhou...
 
Na praia, nos bares, na noite nua.
Uma gaita que atiça o brilho das estrelas
Os sonhos navegando em garrafas vazias...
 
Jogo a poesia na parede
Vejo-a transforma-se em lagartixa
A poesia anda pela parede
Desenha um quadro surrealista
 
Não tenho dilemas
Escrevo poemas
Andando com meu chapéu coco
E um andar meio palhaço

 
Não tenho poemas
Escrevo mosaicos
Recortes de vida colhidos no tempo
Rugas talhadas na face de olhares fantasmas...

 
A cidade velha castigada pelo sol e chuva
Contrasta com a pintura moderna das novas ruas
E eu aqui velho conhecido das praças nuas
Observo o novo surgir numa palavra suave

 
Como suave é a dança do amor
Como doce é o sorriso da manhã
Jogo a poesia no abismo
Vejo-a na mordida da maçã...
 
MAURO ROCHA  20/11/12  

2 comentários:

Bandys disse...

Mauro,
Voce esta cada dia melhor.

A poesia sempre vai ser a sua musica para uma dança de amor.

E o que escorrer doce será sua fruta mordida.

Belo poema.

beijos meu amigo

Sônia disse...

Fantástico! Adorei!

Bom dia Mauro!