quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CICLOS

Assim como nascemos, morremos.

Assim como iniciamos, terminamos.

E é assim que se faz os ciclos

É assim que se começa e se terminam os anos...

E como todo ano

E como toda vida

Tivemos as alegrias

Tivemos as surpresas

Tivemos as tristezas

Tivemos fé

Tivemos descrenças

Tivemos conhecimentos

Conhecemos nos seres

Tivemos amor

Tivemos ódio

Num ciclo continuo

Tivemos e sempre teremos esperança

De saber que nem tudo foi terminado

Que nem todos os problemas foram resolvidos

Mas que o nascer de um novo ano

Nos trás renovações, forças, fé e esperança...

De que tudo vai se ajeitar

De que o futuro esta logo ali

E que depois das festas e da ressaca

Vamos seguir o caminho

Plantar novas sementes

Cuidar das antigas que vingaram

Esquecer as que se destruíram ou que nós destruímos

Tentar sorrir sempre

Tentar amar sempre

Dizer a todos o que se diz todos os anos

_ FELIZ ANO NOVO

E acreditar...

Em você

Nos projetos

Na paz

No amor

Na esperança

Pois o que nos faz viver

Não é estar vivo

Mas acreditar que se possa fazer algo

Além de apenas e simplesmente apenas viver...

MAURO ROCHA 31/12/09

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL


Gostaria de agradecer em forma de versos

A todos que aqui visitam

Que aqui comentam

Que aqui conheci e admiro-os

////////////////////////////////////////////////

Quero e sempre vou querer

Desejar a todos e seus familiares

Um Feliz Natal e muita paz

Com seus corações e mentes

/////////////////////////////////////////////////

E principalmente seus espíritos elevados

Seus desejos realizados

O amor fraternizado

E com muita esperança nos olhos do futuro

/////////////////////////////////////////////

Espero escrever por muito tempo

Espero ler também por muito tempo seus escritos

Que me ensinam tanto

Que me inspiram tanto

///////////////////////////////////////////

Pela simplicidade

Pela ousadia

Pelo dia-a-dia

Por tudo que emociona...

/////////////////////////////////////////

Gostaria de agradecer

E de dizer que esse poeta louco e otimista

Deseja a todos de coração

Que todos sejam muito mas muito felizes...

////////////////////////////////////////////////////////////////////////

MAURO ROCHA 25/12/2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AS ASAS DO ANJO

Mais um natal se aproxima

Mas que sina, essa loucura, essa vida

E todos pensam em festa

E o presente que me resta...

..........................................................................

Quando olho para o horizonte

Vejo as asas do anjo em minha frente

Conto nos dedos os dias do ano numa rápida reflexão

Lembro-me das lágrimas, dos sorrisos, no bater do coração...

........................................................................................................

O anjo ao meu lado, sentado, recomenda-me: Cuidado!

Meu sorriso pálido agradece sua recomendação

Minha alma observa meu corpo e estende a mão

Temos o ano todo para lembrar que também há o espírito...

........................................................................................................

Mas sempre deixamos para o natal, que sinistro!!

A luz que nos ilumina sabe que eu existo

Nós é que nos esquecemos da luz no fim do túnel

Nós é que nos esquecemos porque estamos no mundo...

....................................................................................................

Mais um natal se aproxima

E temos mais uma chance de renovar

Mais uma chance de ver e ouvir o anjo nos guiar

Pois o amor é o presente embrulhado na esperança...

.................................................................................................

MAURO ROCHA 14/12/2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

IMAGENS OCEÂNICAS

Quando a noite chegou

Choveu estrelas

A folha em branco esperava ansiosa

As palavras brotarem seus jardins

E tudo é tão surreal

E tudo é tão legal

E tudo é tão sideral

Que estrelas caem em forma de gotas...

...Gotas salgadas misturam-se com nosso beijo

Cheio de sentimentos atmosféricos

Numa noite de chuva forte

E palavras desconexas

Que brotam do teu jardim

E desliza na madrugada

Fazendo a manhã chegar

Num radiante sol quente de verão

Quando a noite chegou...

MAURO ROCHA 25/11/2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

OUTRO DIA

Quando encontro as palavras

Perco-te nas ruas cruzadas

Admiro na esquina o surrealismo de Dali

Daqui...Admiro tuas formas no jardim...

-------------------------------------------------

Outro dia numa livraria encontrei Drummond na estante

No instante que meus olhos cruzaram a vitrine

Vi teu sorriso postar um dia lindo

Daqui...Admiro tuas formas no jardim...

--------------------------------------

Quando encontro as palavras

A chuva molha o papel

Sinto-me perdido na torre de Babel

Daqui...Admiro tuas formas no jardim...

-------------------------------------------

Outro dia numa livraria encontrei teus olhos no instante

No instante que a felicidade se espalhava em lágrimas na estante

Admiro tuas formas no jardim

Daqui...Encontro palavras para definir meu amor por ti...

-------------------------------------------------------

... No instante que meus olhos cruzaram tuas formas no jardim...

23/11/2009 MAURO ROCHA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

AZUL TURQUESA

Hoje inventei o dia

Ontem inventei a noite

Mas quem me inventou?

A imagem retorcida no espelho?

O desejo de ser ou não ser?

De estar onde estou?

Ou apenas teus olhos cristalinos

Que invade meu mundo

E me vê sorrindo tímido

Com vergonha do teu olhar

Com o deslumbre do mar

Com o poema

Que fala da ema

Que nem diz tudo

Que fica mudo

Como meus olhos

Que te vê...

Hoje inventei o dia

Um dia de outono...Cheio de poesia...

Hoje inventei a noite

Uma noite nua...


MAURO ROCHA 21/11/2009



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

OLHOS PROFUNDOS

Penso na chuva que escreve teu nome

Fujo da loucura e do caos

Alguém tem que fazer algo além do horizonte

Falta controle e segurança em Mohenjo Daro... *

---------------------------------------------------------------------

A saudade vem no vento com seus cabelos esvoaçantes

O mundo mutante grita a todo instante

O que digo agora que Claude Lévi-Strauss seguiu outro caminho?

Abro a porta e digo bom dia, boa tarde, boa noite ao Transeunte desconhecido...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Não, não me diga que é verdade!

Que só estou aqui de passagem

Agora que me acostumei com a paisagem

Vou acordar para mais uma viagem...

------------------------------------------------------

Penso no sol que beija tuas costas

Mergulho com os golfinhos no mar gelado

Estrelas descansam em areias claras

O mundo mutante grita diante do horizonte deserto...

------------------------------------------------------

Penso no teu nome no meio da chuva

Fujo da loucura e do caos

Procuro refugio no horizonte de teus olhos

Abro a porta e mergulho no desejo de tua palavra...

----------------------------------------------------------

Olhos profundos abismos rasos

A loucura de que fujo é a solidão do caos

Estou aqui de passagem

No meio da chuva para mais uma viagem...

---------------------------------------------------------

MAURO ROCHA 04/11/2009

  • "Mohenjo Daro" significa em Sindhi "Monte dos Mortos."

Mohenjo-daro, Mohenjodaro ou Moenjodaro foi uma cidade da Civilização do Vale do Indo, localizado no Paquistão.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

FLORES DE ESTRELA

Tenho por você amor e admiração
Parece mentira, mas não é não.
Tenho por você respeito e paixão
Parece mentira, mas não é não.
Tenho por você muito tesão
Parece mentira, mas não é não.
Tenho por você um sentimento que parece se igual a todos os homens
Mas não é não.
Porque é por você, que é única e exclusiva
Tua beleza, tua silhueta, tua simetria...
E todos os dias, por ti fico mais apaixonado
Sei que sou louco, difícil e atrapalhado
Mas sem você é como o céu sem estrelas
Pois sem você sempre vai faltar algo...
E todos os dias, tenho por você mais amor e admiração
E todos os dias, tenho por você mais respeito e paixão
E todos os dias, tenho por você mais e muito mais tesão
Por isso digo, digo e repito que te amo
Mesmo que seja só em pensamento
Mesmo que seja por um momento
Mas que seja eterno
Diante do sol
Diante da lua
Diante do inverno
Diante da primavera
Diante de tudo imaginado ou não
Diante do espelho ou nas noites de solidão
Tenho por você amor...


MAURO ROCHA 23/10/2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DIAS DE PROVA

Conto nos dedos, até nos que estão escondidos, o passar do tempo...
O que espero da noite senão estrelas-signos combinatórias e taciturnas
Vou a estante, pego uma conha e escuto o mar que me diz Pessoadianamente:
“Navegar é preciso”
Será? Ou apenas viver basta?
Observo o vento, e suas visitas rápidas,
Brincar com as folhas ou mexer com as matas
Às vezes o vento traz nuvens mal-humoradas
E seus temperamentos tempestuosos
O que dizer das tempestades humanas?
Os sentimentos são desejos perigosos
Observo o horizonte da sala que revela muito mais que móveis
Veja a janela! E o mundo que sai e entra por ela
E a porta! Que se abre para o mundo ou apenas se fecha para ele
E você sentado a minha frente que não é apenas um reflexo no espelho
É um turbilhão de desejos
É um reflexo do medo
É apenas uma criação
É um profissional ou não
Eu um artista notório ou apenas querendo ser ou estar
É apenas um cidadão
É apenas um reflexo no espelho...

Conto nos dedos, até nos que estão escondidos, o passar do tempo...

Será?


MAURO ROCHA 21/10/2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MESTRE

Saber e ser sabido
E o tempo é nosso amigo
E por falar nele, lembro-me da tia do jardim
E de tudo que aprendi a parti daí

E de todo saber que nos deixa admirado
Pois quem não passou por um banco de escola,
Não sabe e nem tem história
Da primeira paixão ou a admiração do professor

E quem é esse ser tão iluminado?
É aquele que nos ilumina com suas palavras
É aquele que nos conduz nas escolhas
É aquele que nos torna verdadeiros humanos


Por isso o verdadeiro professor
Aquele que tem por sua profissão paixão e amor
Aquele que nos faz sentir saudade dos tempos de classe
Esse ser iluminado pode ser, com carinho, chamado de Mestre

E será sempre chamado de Mestre todo professor
Que sabe e é sabido
Que sabiamente é nosso amigo
E por toda essa lição digo: Obrigado Professor!

MAURO ROCHA 15/10/2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

POEMA NA MESA

Queria ver: Eu!
Queria dizer: Tu!
De repente...Deus!
Sois apenas Um!

As palavras, misteriosas palavras, dilaceradas palavras no jardim
Deixe a porta aberta no dia-a-dia diluído do cotidiano
Faça amor entre onomatopéias liquidificadas no calor
Escute os anjos, a cidade é cortada por ondas de notícias, palavras sem fim

Verde, amarelo, vermelho e o sinal coordena o caos das ruas paradas
A realidade crua é envolvida num etílico brinde para ser vivida
A noite gira num processo de curtição e bate-papos infinitos na net
O silêncio que acontece é o amor que floresce no olhar-carinho que nos veste

Queria ver a madrugada-sorriso e o sorriso da madrugada em tu
Queria dizer que quando fecho os olhos vejo eu-você e você...eu
De repente, em meus delírios noturnos, nos meus pulos-abismos, Deus!
Sois apenas, a imagem no espelho, o verme que rasteja, o homem que muito pensa, um!

As palavras, misteriosas palavras, dilaceradas palavras no jardim...


MAURO ROCHA 08/10/2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

QUARTO MINGUANTE

Quando quero a rua parece nua
Quando quero a alma parece sua
Hoje está indefinida a estação
Hoje está definida a solidão

Navego em livros lisérgicos em busca de palavras esdrúxulas
A fé está onde você encontra, mergulho no abismo de mim mesmo...
Não sinta pena de sua carne e nem reclame do preço que você paga por sustentá-la
O mundo é o mesmo, o que muda são as formas que a humanidade dá ao mundo

Tudo bem, você vai dizer: Quanta acidez!
Mas, será eu ou minha alma que está corroída com tanta insensatez ?
Ou será os delírios de um anjo estatelado na avenida Atlântida?
Ou será a poesia presa na garganta?

Quando quero a rua parece sua
Quando eu quero a lua parece nua
Hoje o dia está lindo
Hoje estou vivo...


MAURO ROCHA 06/10/2009

sábado, 26 de setembro de 2009

COMETA

O tempo veio com sua máscara cheia de rugas
E me fez perguntas lúdicas
A uva que ponho para conservar
É o vinho que sirvo na mesa do jantar

O que eu quero é ser feliz
Eu disse isso coçando meu nariz
Mas isso é o que todo mundo quer
Disse-me o tempo com um ar qualquer

E o vento passa mexendo com as árvores
Agitando as nuvens paradas
Olho para o tempo e me perco em seus horizontes
Mas tudo segue e os relógios dão suas badaladas

Mas nem tudo tem consentimento
Nem tudo está de acordo com o momento
O tempo folheia um livro com algumas folhas em branco
Mal sabe ele que algumas páginas foram arrancadas sem pranto

Veja o que faço! Divago sobre árvores e nuvens
E o poema que nem está pronto
E o amor que chega como um estranho
Abre a porta, a janela, o mundo e anda nas nuvens...

Que loucura minha, minha loucura, sua.
Na cidade vazia e tão cheia de pernas
Que o tempo passa despercebido pela rua
E despercebidamente ando por curvas paralelas

E a folha ainda está em branco esperando o poema
Mas o que direi agora que à noite me encanta?
Serei mesmo o poeta? Ou é apenas a dança do vento?
Cheio de rugas estou diante da máscara do tempo...


MAURO ROCHA 24/09/2009













sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PECADO

Os olhos e os lábios em movimento na cidade
Quando abro a porta me deparo com a estação
Salto sem asas para o infinito horizonte da noite
Perdidos procuram a lua...Os loucos de paixão

Na cidade iluminada anjos e demônios cruzam a avenida
Quando abro a porta me deparo com as promessas de um bom ano
Diamantes são lágrimas petrificadas no olhar da Medusa
Perdido, mordo a maçã para sentir o gosto de teu beijo

Os espíritos dançam com seus amores eternos
Quando abro a porta me deparo com desejos mundanos
Não procuro respostas exatas, mas, lúdicas palavras
Os momentos desperdiçados são tesouros perdidos nas lembranças

A lua olha para mim no infinito da noite
Quando abro a porta me deparo com a dança do passado com o futuro
O destino embaralha as cartas...O ás do amor não mira na sorte
Olhos e lábios na cidade em movimento...



MAURO ROCHA 03/09/2009

domingo, 30 de agosto de 2009

NO FIM O INÍCIO

Vou falar mais uma vez
Um,dois,três
Pedras na água que fazem barulho
Olha para a noite e me vejo em Saturno

Pois a vida tem que ser divertida
Imaginada e não só cansativa
Por isso mergulho no mar
Encontro sereias para me encantar

Você pode dizer: Que cara louco!
Louco, mas feliz!
Como na música dos Mutantes
Louco é quem me diz

Por isso vou falar uma vez
Um,dois,três
Para entrar na ciranda nem precisa ser criança
É só ter alegria, amor e esperança...


MAURO ROCHA 30/08/2009



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ESTADO DE ESPÍRITO

Olho para o céu e me chamam as estrelas
Desenho quadros nus
Rabiscos pela cidade, tatuagens e besteiras
Desenho no papel frases que soam blues


Os locais, movimentos e palavras no jornal
Os disfarces, os pássaros, o tempo cru
São signos, são símbolos a olho nu
É o momento, o pensamento, o toque na mudança do canal

São os meus olhos no paraíso
São as estrelas ofuscadas com teu brilho
É um sorriso, é um alivio na luz do horizonte
São os caminhos cruzados e o desejo que se esconde

Olho para o céu e me chamam as estrelas
Desenho a poesia de teu corpo
Rabisco o tempo, tatuo tuas lágrimas
No momento o amor emblemático no toque do pensamento...

MAURO ROCHA 27/08/2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ESPERANTO

Repare no verbo ao andar no jardim
A flor que adjetivei não está aqui
Hoje não me vejo fora da cidade
A selva não é só de pedra, é de uma loucura eloqüente...

Repare na elipse de outono
Ou será no eclipse dos homens?
Hoje não me vejo no espelho
Olhe para o céu quem sabe não estou nas nuvens...

Repare na virgulas e faça seu ponto final
Comece a frase com um sorriso, olhares e tal
Hoje mergulhei na gramática para tentar definir o dia
Mas não deixava de olhar teu olhar no horizonte, perdida poesia...

Repare no verbo ao andar
Dance com o substantivo ao luar
Hoje quero apenas justaposição
Mas não deixo de olhar teu olhar no horizonte, poesia e paixão...


MAURO ROCHA 19/08/2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ESFEROGRÁFICAS

O poeta anda por ruas de paralelepípedos
Cata conchas coloridas
Conta estrelas infinitas
Fotografa olhares atentos

Absorve palavras no vento
Mergulha nas ondas do rádio
Escuta os pássaros acordarem o dia
Conversa com Morpheu na noite clara de lua cheia

O poeta anda por linhas diversas
Atravessa a ponte para o encontro
Com seu mundo lúdico
Seus delírios diluídos nas esferográficas

O poeta é aglutinado pelos seus poemas
O poeta é esquecido nas prateleiras
O poeta anda por ruas de paralelepípedos
O poeta anda despercebido, com seu olhar atento e seu sorriso tímido...


MAURO ROCHA 07/08/2009

sábado, 8 de agosto de 2009

O DIA DO DIA DOS PAIS

O que posso dizer quando não tenho o que dizer/
Mãe é mãe e não se descute/
E pai é o que?/
O pai é o complemento/
Quando há complemento/
O pai é o amigo /
Todos os dias que não é o dia do amigo/
O pai é o espelho/
Onde nos vemos por inteiro/
O pai é tudo aquilo que não consigo dizer/
Quando o que quero é apenas: Eu Te Amo, Pai!/


MAURO ROCHA 09/08/2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

AGOSTO O GOSTO

Pão...
Que alimenta
Que fermenta
Que divide

Opinião...
Que alimenta
Que fermente
Que divide

O galo canta sem se preocupar com o amanhã
Viste o olhar vazio?
Aquele dividido entre a esperança e o medo?
O medo de tudo, do mundo, de novo...
A esperança de novo, de tudo, do mundo...

E a canção surge na madrugada
E a massa canta:
A vitória de Cielo
A recuperação de Massa
Sem se preocupar em ser elite
E a elite assiste a massa na televisão
Contos que passam de geração em geração

Pão...
Que acompanha o café
Fé...
Que acompanha a multidão
Que alimenta
Que fermenta
Que divide

Opinião...
E o poema cria asas
E os anjos sussurram as palavras...


MAURO ROCHA 03/08/2009






quarta-feira, 29 de julho de 2009

TRENS QUE CORTAM A CIDADE

A noite quis partir
Olhando para teus olhos
Não estava mais em mim
Era apenas espólio

A noite quis partir
Ouvindo sua voz
Não estava mais em mim
Era apenas um momento atroz

Como num jogo
Os sorrisos e os segredos
Os pecados e os desejos
Era apenas um sonho

A noite quis partir
Como o gosto de tua boca salgada
Não estava mais em mim
Eram apenas delírios da madrugada...

MAURO ROCHA 29/07/2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

AS NUVENS DE ALGODÃO

Quando quis teus olhos
Desenhei com um giz
Teu corpo, tua boca, teu nariz
Na cidade que nem piscava, só tinha olhos...

Para teu jeito...
E os defeitos foram colocados debaixo do tapete
Com o tempo são retirados e alguns dão-se um jeito
E o giz desenhava teu seio

No momento que leio
No outdoor da avenida
Que tudo e nada fazem parte da vida
E que horas divertidas podem ser chamadas de recreio

E não digo não, acaricio a mão...
Desenho os dedos
E o mundo fica assim mesmo, na contra-mão...
Dos sentimentos e dos desejos

O sinal ainda está vermelho
Amarelo é o ipê que vejo
Verde é a mistura dos meus olhos castanhos
E o giz desenha o coração daquele tamanho...

Quando quis
Desenhei com giz
Mas sempre quero
Dentro ou fora da cidade, te amo e peço bis...


MAURO ROCHA 23/07/2009




sexta-feira, 17 de julho de 2009

FRAGRÂNCIAS

Os pássaros perdidos
Os dias compridos
Nas linhas...Aspas
E o tempo sentado na praça

No espelho o mundo e a fumaça
Escrevo com o vento em flecha
Na vida a alegria e o amor fazem festa
E o tempo sentado na praça

Sempre estendo a mão no vazio
Na esperança do dia me ceder um carinho
A loucura não é uma doença, é uma companheira sem crença
E eu sentado na praça observo o tempo

E o tempo observa minhas rugas
E sorri de minhas loucuras
E diz que tudo está escrito
E que tudo parece um ciclo

As nuvens fazem as mesmas coisas
E quando esquecemos de viver,
Repetimos coisas por não ter o que dizer
E tudo parece um ciclo

E de tudo algumas coisas são vícios
Respiro o vicio de amar
Nas escrituras a palavra está lá
E o tempo está sentado na praça

Sempre estendo a mão e abro a porta
Atento a rua nas noites de solidão
No passado, meus olhos afogados, procurava a razão
Hoje com o sorriso de lado abro a janela da paixão

Eu preciso do seu amor
Com o corpo estendido no chão
Nas linhas...Aspas
E o tempo sentado na praça...



MAURO ROCHA 17/07/2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

ROCK AND ROLL

Hoje é o dia do rock
Hoje é dia de poesia
Canto uma canção
Ouço uma melodia
Sou puro rock
Tu és pura poesia
E nessa simetria
Vamos pela cidade
Andando de mãos dadas
Numa fusão da alma
Respirando alegria...

MAURO ROCHA 13/07/2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

FESTA EM NOITE JULINA

Meu olhar te chama

Morena vem para essa roda de samba

Com requinte a adereço

Que dos problemas eu esqueço

Quando te vejo requebrar

A roda toda se agita

Estrelas mergulham no mar

O sol acorda, mas parece ainda sonhar

Meu olhar te ama

Na letra do poema

Pandeiro, cavaco, isso é samba

Teu requebrado, tua ginga, teu beleza, isso é poesia

Estrelas mergulham no mar

Acordo, mas pareço ainda sonhar...

MAURO ROCHA 10/07/2009

quarta-feira, 8 de julho de 2009

OBLÍQUO

O tempo e a cidade andam juntos
Hoje eu acordei com um olhar diferente no espelho
Minha vida desintegra-se na luz matutina
Choro na chuva para enganar a tristeza
Há momentos que me sinto a própria presa
E nesse oblíquo poema
Desenho um mosaico dilema
Muitas vezes queria morrer
Mas o amor é a soma de tudo
Que jogamos no liquidificador
Para ser decifrado a cada momento
Para ser separado como semente...

O tempo e a cidade andam juntos
E tudo muda com o tempo
Palavras se juntam sem hífen
Outras sem acento que não tenho idéia
O bom de tudo é que as estações existem
E a cada estação uma nova história é contada
Nas linhas ou nas estradas
Percebemos que a vida e a morte são amantes
Tudo depende de tudo como o nada depende do nada
Ontem foi o Elvis, hoje é o Michael
Já cantava Cazuza: “Meus heróis morreram de overdose”
E meus ídolos morrem de que?
O tempo se encarrega de dizer
A cidade se encarrega de viver
As escrituras registram a história
Hoje eu acordei com um olhar diferente no espelho...

O tempo e a cidade andam juntos...

MAURO ROCHA 08/07/2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

POEMAS COTIDIANOS

Caminhando pelo continente
Tanto quanto gente
Tanta gente diferente
Igualmente triste ou contente
Andando pelo continente
E tudo acontece ao mesmo tempo
Nos passos de moonwalking
Tá duro viver em Honduras
E no Congresso é tudo secreto
Por isso vou seguindo
Escrevendo cartas para os amigos
Poemas cotidianos
Palavras em chamas
Chamo-te
Chama a mim
No meio
Na multidão
No continente
Flores nascem no meio dos arranha céus
Estrelas brilham no céu...
Poemas cotidianos
Poemas...

MAURO ROCHA 01/07/2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

ENTRE TANTOS, ÚNICO.

E a vida é assim
Morre tanta gente e um ícone ali
Nesses casos não interessa sua vida particular
Mas o que ele ofereceu além do mar
Michael Jackson foi assim:
Inovador
Enlouquecedor
Estrela permanente
Criança para sempre
Com músicas marcantes
Um meteoro na infância
Um adulto com ilusões e esperanças
Um ídolo
Como tantos que deixa saudade
E se torna lenda...
MAURO ROCHA 26/06/2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

O FRIO QUE TÁ FRIO

O frio chegou na praça
Retirou sua máscara
Para ver todos de casaco
Ou debaixo do cobertor

E os dias seguem assim
Festas juninas por ai
Viva Santo Antonio
Viva São João

Viva todos os dias
Viva eu
Viva você
Com muito amor no coração


MAURO ROCHA 23/06/2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A ALQUIMIA

A alquimia do tempo
Leva-me para sonhos ardentes
Agora sei como surge o momento
Registro os desejos em estrelas cadentes

Hoje vejo tudo aquilo que desejo
Os pecados são feitos de carne viva
A cidade dorme diante de tudo
Planto sementes na madrugada para nascer o dia

Precisamos da dor para saber o que restou
Precisamos do que restou para saber nos recompor
Diante do azul os olhos vêem além do céu
Diante dos olhos o mar espera o sol se pôr

Rompe o amanha em nossos caminhos
Perto longe estás, longe perto permanecerá
E a vida segue em desalinhos
Colho no jardim flor de poema

A alquimia do tempo
Mistura conhecimento e paixão
Colhendo maçãs no vento
Com desejo, sede e tesão

A alquimia do tempo
Nos caminhos plantas e sementes
No coração o momento
No amor sonhos e desejos ardentes


MAURO ROCHA 19/06/2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

RUMORES

No limite...

A inspiração inerte
O caixão velado
Nos garranchos
Ou nas linhas do teclado
Quem sabe a lembrança
De quem um dia quis ser poeta...

No limite...

As mãos calejadas
Os olhos oceânicos
O pé na estrada
Quem sabe a lembrança
De quem um dia vestiu-se de palavras...

No limite...



MAURO ROCHA 29/05/2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

AMEI A NOITE NO UNIVERSO

Passei um tempo
Sumi no vento
Com os olhos fechados vivi
Com os olhos abertos sonhei

No dia que acordei
Beijei a manhã
Abracei a tarde
Amei a noite

No espelho do mundo
Meus vícios eram muitos
Mas nem um comparado
A esse vicio que me deixa sem palavras
Que é ter você em todos os estágios
Da brincadeira a seriedade
Da mulher a amante
Da ninfa a deusa
Da esposa a mãe

Passei um tempo
Nas escrituras perdidas
Com os olhos fechados sonhei
Com os olhos abertos vivi

No dia que ti conheci
Beijei o continente
Abracei o mundo
Amei o universo

Passei um tempo...

MAURO ROCHA 26/05/2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

NUVENS DE ALGODÃO

A areia nas mãos
Escapa com o vento
Escapa nos dedos
Escapa no deserto
Os momentos e desejos
Que nem sempre vejo...

Toda válvula é de escape
Escapa o tempo
Quando olho para a infância
É a adolescência que escapa da lembrança
Quando olho para a velhice
É a mocidade que escapa da memória...

Escape do cotidiano
Escape todos os anos
Das noites sem nomes
Dos dias sem donos
Das doces ilusões
Nos desertos de desejos...

A areia nas mãos
Nem sempre te vejo....

MAURO ROCHA 25/05/2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ESTRAGEIRO

Em toda trama
Tem alguém que ama
Nas estrelas ou na cama
Na tele-novela ou no cinema
No virtual ou na vida real
Feito filme noir
O suspeito é o amor
Combinado com a paixão
Às vezes a vida anda na contra-mão
Às vezes alguém estende a mão
E a trama se completa...
MAURO ROCHA 21/05/2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

LUZES NO FAROL

Simulado
O beijo no asfalto
O som alto
A poesia itinerante
Num instante
Um abraço
Um adeus
Uma palavra
A tempestade
O silêncio
Deus
E o mundo inteiro visto num quadrado...

MAURO ROCHA 20/05/2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

ANJOS NA CIDADE

Sobre os trilhos a cidade passa
Passo por paisagens que nem entendo
Faço um mapa nem sempre astral
Faço do momento meu próprio carnaval

Julgo-me um poeta contemporâneo
Mas já me vi em passados momentâneos
Não tenho um livro que me defina
Apenas um blog que registra minhas linhas

Hoje estou encima da montanha conversando com a morte
Como num jogo de xadrez ela cata seus milhos
Como num jogo de xadrez sigo atento aos meus desejos e vícios
Entre poemas, o dia e seus recortes no horizonte norte...

Norte, sul, leste, oeste a cidade cruza:
Caminhos, olhares, sinais, sozinhos...
Num mundo globalizado há muitos sozinhos
Nas cidades dos anjos...

Sobre os trilhos minha vida passa
Por paisagens belas ou nefastas
Nas linhas desenhadas pelo destino
Abro as janelas dos blogs amigos

E tudo na vida parece escrito com razão
A morte ri da minha imaginação
O próximo movimento pode ser um cheque-mate
Mate-leão ou Camomila ? Escolha o chá das cinco

Cinco minutos e tenho um poema
Cinco minutos e tenho um dilema
Cinco minutos e nem preciso disso tudo
Apenas de quatro letras

Para demonstrar a primavera inteira
Para que as folhas de outono virem tapete
Para que o inverno derreta
Para que o verão seja eterno e nunca se esqueça

Que são apenas quatro letras
Que andam nos trilhos
Que regem o mundo...
AMOR

Que de trás para frente constrói-se uma cidade
Que fazem os anjos ficarem na cidade
Que faz com que as civilizações se questionem
Mas o amor é um dom que nunca nos abandona...

Na cidade dos anjos...

MAURO ROCHA 18/05/2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

MERGULHOS E BORBOLETAS

Encontro à noite inserido nas linhas
Das mãos do destino
Encontro-me ao teu corpo
Beijando teu rosto
Beijando teus seios
Beijando teu sexo
E a semana mal começa
Mas não tenho pressa
Tenho os olhos brilhantes
O coração pulsante
A vida eterna
Eternamente amante
De teu ser
De teu saber
E quando pulo no abismo
É para voar
E quando estou contigo
É para sonhar
Junto a todos os delírios
Jogo cartas
Jogo de palavras
Cruzo mares
Nas fases mais pulsantes da lua
Acaricio teu rosto no gesto mais simples de carinho
Admiro aquilo que acho mais sincero e verdadeiro...
Tua pessoa...
Encontro à noite...nos teus olhos.


MAURO ROCHA 12/05/2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

EM QUALQUER LUGAR E TEMPO

De norte a sul
De leste a oeste
De Mercúrio ao rebaixado Plutão
Não tenho dúvidas então
Que existe, já existiu e sempre existirá.
E não tem igual
Parecida talvez
A gente reclama
A gente chama
A gente tem saudade
E para isso não há idade
Pois com todos os defeitos
É um ser perfeito
Perfeitamente adequado
Aos trejeitos do mundo
Não sabe de tudo
Mas com o coração responde
Por isso digo:
De norte a sul
De leste a oeste
De Mercúrio ao rebaixado Plutão
Não tenho dúvidas então
Mãe é mãe
Em qualquer lugar e tempo.

MAURO ROCHA 10/05/2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

PROFUNDO

Assustado
Acordei distante de tudo
Distante de ti
Que está em todos os lados
Distante de mim
Sem asas
Perto da janela
Sem palavras
Diante do café
Diante da fé...

...Saio para dançar
Neste mundo raso
Neste horizonte largo
Quanto tempo terei...Para entender
Em que mundo estou
Que há muitas coisas dentro do amor
Que os anjos tocam trombetas
Que o final feliz esqueceu da Julieta
E nem por isso não amarás...

Assustado
Escuto “Tigermilk”
Visto a roupa de domingo
Despeço-me dos amigos
Sigo caminho para outro mundo
Profundo...
Meus olhos seguem profundos
No mar de pensamentos
Distante de tudo
Distante...
Sem asas
Sem palavras...
...Com fé...

MAURO ROCHA 07/04/2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

LARGO

Certo, de certo
O mundo não é reto
Redondo... Onde ando,
Nado, brinco, falo,
Mudo, muda...
O mundo muda
Tudo muda
Na dor
Sem cor
Tudo muda
Na esperança...
Que já vou
Abrir a janela
Bater panela
Cantar Tim Maia
Que já dizia:
“Pode tudo”
Pode o poema
Pode o dilema
Pode até a lua exposta
Na sala aberta
E o destino na tua mão
Em linhas sem direção
Certo, de certo
Paixão
Cantar Lou Reed então:
“Walk On The Wild Side”
Tudo muda no abismo do mundo
A natureza distribui as cartas
A tv mostra em primeira mão
Já dizia Rauzito:
“Tente Outra Vez”
Certo, de certo
O poema aberto
O coração aberto
As asas
A imaginação...

MAURO ROCHA 06/05/2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

RASO

A lua aos meus pés
Molha teu vestido
Na areia úmida e branca
A noite é divertida...

Nas noites brancas
Pinto de vermelho
Pinto de azul
Pinta o desejo a olho nu...

Na areia úmida e branca
Escrevo uma ode com teu nome
Na janela dá para ver o horizonte
E eu me perco com teus montes...

A lua repousa no mar
Areia, noite, estrelas, sei lá
No calçadão sereias a navegar
Tuas pegadas tatuam meu caminho...

Nos livros o registro de tudo
Nas paredes quadros pendurados
Nas mãos o tato
Pinta o desejo a olho nu...

Na areia úmida e branca
A noite é divertida...



MAURO ROCHA 05/05/2009

quinta-feira, 30 de abril de 2009

HISTÓRIA EM QUADRINHOS

_Que custa?
_Degusta!!
_Mas essa minha volúpia...
Não tenho culpa,
Tenho apreço...
_Como seria?
_Da janela...Penso como seria
Tua poesia
Tuas mãos frias
Tua pele quente...
_Sente...
_Que loucura!!
_Qual o sabor??
_Do amor?
_Dá paixão!
_De tempestade...A tarde...No horizonte
Os olhos fechados
O corpo molhado
O doce tesão...
_Nossa...Nunca ouvi nada igual.
Você é real?
_Sim...
Apenas delirante
Romântico talvez
Amante de tua natureza...
_E do amor o que me contas?
_Corre por entre as veias...Estanca.
Embriagante,
Sedutor feito a noite...
_Feito você?
_rsrsrs,Não!!
Sou apenas um admirador de tua beleza
Sou apenas escravo de tuas fraquezas
Apenas adoro degustar tua flor encima da mesa...
_Degusta...

MAURO ROCHA 30/04/2009








segunda-feira, 27 de abril de 2009

FLORES NO DESERTO

Quando o lápis riscou a folha
A noite virou dia
A dor virou alegria
O mundo mudou do real
Para a fantasia...

Sai na noite
A procura de anjos
As ruas estavam cheias de feridas
Muitos pontos não havia iluminação
Um lado do mundo está em destruição
O mundo nu e cru pede ajuda,estende a mão...


Quando o lápis riscou a folha
A noite virou dia
A dor virou alegria
O mundo mudou do real
Para a fantasia...


Sai no dia
Procurando demônios
As ruas estavam limpas
Os anjos ainda trabalhavam
Tocando os corações
Guiando almas sem direção
Um lado do mundo via e vê salvação
O mundo nu e cru tem esperança então...


Quando o lápis riscou a folha
Anjos e demônios travavam sua batalha
O homem em seu livre arbítrio se jogava
Entre a salvação e a perdição
O mundo segue sua jornada...

Entre o real
E a fantasia...


MAURO ROCHA 27/04/2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

...CÓSMICA...

Voei baixo...
Até chegar ao chão
Rastejei, andei, outro pulo, então!
Para te mostrar
Para te avisar
Para poder voar
Alto, bem alto
Sem rede de proteção...

Mergulho no abismo da paixão
Para emergir na imensidão
Desse sentimento templário
Desse sentimento cármico
Desses signos mágicos, então!

Posso te mostrar meu amor
Posso te dizer quem sou
Posso refletir a lua antes do sol se pôr
E assim alto voar
Até chegar ao chão
E diante de teus olhos
Ver em ti, bater meu coração...

MAURO ROCHA 24/04/2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

NOITES ÁCIDAS, DIAS TÁCITOS

O dia não precisava estar cinza
Ou estar claro
Apenas precisava entender tudo aquilo
Sua mão segurava o caule de uma flor
Os espinhos penetrados, porém não havia dor
Não havia alma
Apenas um corpo estendido no chão
Apenas, apenas, apenas, dizia a televisão...

O dia nem precisava existir
A noite supria o desejo
As estrelas representam a eternidade
Num vôo panorâmico
O pensamento vai longe
Esse é meu poema
Não há mais o poeta
Apenas um corpo estendido no chão
Apenas, apenas,apenas os espinhos nutridos pela mão...



MAURO ROCHA 23/04/2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

PENSAMENTOS, DEVANEIOS E FOTOS

Num certo dia de sol ela resolveu viajar
Poderia ser num certo dia de chuva, o plano estava lá
Entre cidades, avenidas, céu e mar
O Brasil ela queria encontrar
E em cada encontro um novo olhar
Seu nome é Paula Barros
Com seus PENSAMENTOS,DEVANEIOS E FOTOS
Como se fosse um diário
Mas para todos é um itinerário
De cultura e reflexão
Fotos e imaginação...

Num certo dia ela resolveu viajar
Saiu de Recife para o mundo real conquistar
E no mundo virtual nos contar...


MAURO ROCHA 22/04/2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

EM CURVAS E RETAS

Falar de Brasília
É falar em retas
Em curvas...
Dinâmicas, concretas
Futuro, presente, passado
Gente por todo lado...

Pensar em Brasília
É pensar diferente
É ter as estrelas
No lugar do mar
É não ter esquinas
Mas muito papo em bar
E o céu claro para navegar
Nas águas paradas do lago
Que para no ar...

Falar de Brasília
É falar de amizade
É falar de amor
É falar de saudade
É falar da cidade...
Em retas...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

APETRECHOS

Deserto infinito, olhos abertos
Braços abertos criam asas
Mãos escrevem canções
As luzes da cidade ofuscam as estrelas
Ontem eu disse tudo
Para hoje perceber que não foi nada
Observe os livros na estante
Observe os trauseantes
Observe os instantes
Pegue seus apetrechos sentimentais
Acenda a luz, tome um café...
Perca-se nos sonhos mais distantes
Enquanto tatuo minha alma em teu ser
Feito escrituras milenares
Acenda a luz, fique, feito paisagem...
Deserto infinito
Poema aberto
Só queria tentar explicar
Só queria tocar na lua
Às vezes é difícil falar
Estático, fico, diante de tua beleza nua
Mais fácil descrever um treponema
Ou diante de todos os perigos andar na rua...
As luzes da cidade ofuscam as estrelas
Ontem eu não disse nada
Para hoje perceber tudo
Pegar meus apetrechos sentimentais
E te presentear
Com um singelo:
TE AMO.


MAURO ROCHA 16/04/2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

SOL E LUA E LUA E SOL

O sol esquenta o dia
A noite esfria
Meu coração navega
No bote da vida
Que sorri
Que chora
E me pergunta a hora
Os dias
Os anos
E essa magia nos olhos
Que nos faz sonhar acordado
Com um abraço
Um beijo
Um desejo
Que o segredo não revela
Enquanto o sol esquenta
Mais um dia
Em nossas vidas...



MAURO ROCHA 14/04/2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

DO COMEÇO, O FIM, DO COMEÇO

O poema questionador
Questiona se o homem existe
Seu sexo, sua raça, sua cor
E se ao tempo o homem resiste

O poema questionador
Questiona se o amor existe
Seus efeitos, seus defeitos, sua dor
E se ao tempo o amor resiste


O poema questionador
Questiona se até ele existe
Questiona diante do espelho
Se a existência ao tempo resiste

O poema questionador
Nasce da folha branca e inerte
Das mãos do poeta lúdico
E que no seu abismo segue

Com seu sexo, sua raça, sua cor
Seus efeitos, seus defeitos, sua dor
Diante do espelho
Um poeta com uma folha na mão...


MAURO ROCHA 06/04/2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

VERBO DE LIGAÇÃO

Escreves em meu corpo desejos quentes
Escrevo em teu corpo desejos salientes
O sol como testemunha
A lua desejosamente nua
Observa tuas retas e curvas
Geometricamente perfeita
Deito minha cabeça em teu colo
Sinto o aroma de tua flor
Desabrochada para o amor
Nesse momento eterno
O beijo sela o desejo
Que ama
E nua a lua clama
O néctar dos deuses
Escreves
Escrevo...

MAURO ROCHA 03/04/2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

CIDADES DO CENTRO

Os braços abertos, as ruas abertas, atravessar o tempo
Nos sonhos eu desejo o mundo
O céu se fecha nos dias mais lúdicos

Meus lábios sussurram para a tempestade que se aproxima
Os mares dançam ao movimento da lua
Corro na chuva noturna

Meus sonhos é por um mundo melhor
Alguns fazem e acreditam
Outros acreditam e não fazem

Corro pelas ruas abertas, olho para o tempo
Meus olhos fechados pedem socorro
Meus olhos fechados só querem colo

Na manhã seguinte os braços abertos
Um abraço único
Estou de volta ao mundo

Meus lábios sussurram teu nome
Corro no sol diurno
Eu acredito na palavra

O amor não morre
Ele apenas fica quieto
Alguns acreditam

Outros esperam
Na chuva noturna
O dia seguinte de sol


Meus lábios sussurram teu nome
Nas ruas abertas
Que atravessam o mundo...

MAURO ROCHA 02/04/2004

segunda-feira, 30 de março de 2009

SEGUNDA - SEGUNDO

Estenda...A mão
Entenda...A razão
Poemas têm asas
Poetas não são fadas
Apenas riscam...Coisas da alma
Apenas riscam...Coisas do coração...


MAURO ROCHA 30/03/2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

DIURNO ECLIPSE NOTURNO

Quando acordei estava no mundo das palavras
Abri a janela, a porta, a cidade
Flechas lançadas na primavera
Tem endereço certo e verbo cantado
Nas ruas, sujeitos e seus adjetivos circulam na avenida
O pronome possessivo é muito meu
O espelho reflete tua beleza nua e teu adeus
Numa parede tatuada de mosaico
Com provérbios hebraicos...

Quando acordei
Procurei o mundo
O mundo traçado em linha
Cada pessoa
Cada palavra minha
Em cada rosto
Um traço de gosto ou desgosto
Uma tradução da alma
Palavras escritas na palma
Estendida do tempo
Em livros que guardam cada momento
Da história humana
Aventura, loucura, caminhar
Palavras jogadas no ar
Como folhas de outono
O espelho reflete teu adeus
Mas deixa a saudade nua...
Acordei...

MAURO ROCHA 27/03/2009

terça-feira, 24 de março de 2009

FARPA

O sol desliza com o dia
A lua dorme na brisa vazia
A morte me visita para um chá
Peço que ela entre devagar
Entre biscoitos doces e salgados
Conversamos sobre o mundo
Falo de minha solidão
Meus amigos
Das ruas em contra-mão
De fé e religião...

A lua desliza com a noite
O sol dorme em sua fantasia
Deus me visita para um café
As portas sempre estão abertas
Entre biscoitos doces e salgados
Conversamos dos diversos caminhos
Falo das minhas dúvidas e passos errados
Deus sorrir e diz: os homens têm o livre arbítrio...

O sol desliza na lua
Eu durmo na rua
Entre uma brisa vazia
Entre biscoitos doces e salgados
Uma fantasia
Não sei se acordei ou estou sonhando
Sinto-me o sol que desliza no horizonte
Sinto-me a lua que desliza nos montes
Entre a fé e o livre arbítrio...
Entre o café e o chá
Os biscoitos são doces e salgados...


MAURO ROCHA 24/03/2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

DIAS ASSIM

Pulei o mais alto que podia
Então explodiu meu coração
Para um nascer de um novo dia
Eu segurava em tua mão...


MAURO ROCHA 23/03/2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

LOCO-EMOTIVA-MOTIVO-MOTIVA

Há muito queria ouvir
A cidade silenciosa
Mas seria uma loucura pretensiosa

Com tantos movimentos, sirenes, pulsação
Com tantas pegadas, passadas, batidas de coração
Querer a cidade assim silenciosa é muita pretensão

Por isso meu silêncio será interno
Em pleno verão vou ficar no inverno
Em plena primavera meu outono será eterno

E nesse período in loco
Tento arrumar minha vida em foco
Coração, alma, corpo

Nesta cidade que se vive loucamente
Pouco, muito, diferente
O dia, a noite, intensamente

Traço meus pergaminhos
Café, almoço, jantar, caminhos
Paixão, amor, carinhos

Com tantas expectativas, uma tv
Com tantas verdades e mentiras, uma internet
Com tanta ficção e realidade, o que vê?

Há muito para se vê
Muitos são poucos como você
Numa mistura de tudo, de nada, muito prazer

Dentro da cidade
Trafega o poema mosaico
Mas seria uma loucura não querer nada...


MAURO ROCHA 19/03/2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

TEMPO A TEMPO

Escrevi um poema
Escrito
É dito
Recito
Esqueço
Esmago
Repito
Vasto
Profundo
Do mundo
De tudo
De luto
Visto
Verbo
Quero
Por amor
Por muito
Por pouco
Posto
Vivo
Libido
Escrito
Poema...
Escrevi um poema...

MAURO ROCHA 18/03/2009

terça-feira, 17 de março de 2009

DE VOLTA PARA CASA

Olho para a terça
Da janela do carro
Meus olhos em tempestade
Transeuntes alados
Em avenidas vazias
Meus lábios murmuram
Qual o melhor momento
Para dizer “Te amo”?
Para abraçar o irmão?
Para andar na chuva?
Para ficar em solidão?...

A tempestade dos meus dias
São feitas de raios
Densa como um poema rasgado
A palavra fere
Mas também acalenta
Num rio que desce doce
Para encontrar o mar salgado
Numa transformação híbrida
A tempestade muda
Meus lábios murmuram...

Olho para você...
Pelo retrovisor o mundo esta mudado
Pelo retrovisor tudo muda
O mundo num minuto
A palavra
O movimento
Num minuto
Olho
Meus lábios murmuram...
Qual o melhor momento...
O beijo...
O beijo...
E o corpo em tempestade
Pelas avenidas vazias...
...Te Amo...


MAURO ROCHA 17/03/2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

POBRE POETA

O anjo me questionou:
- Porque escreves pobre poeta?
Por não saber fazer outra coisa
Se não procurar curvas
Nos verbos que circulam
Se não abrir a janela
Para os adjetivos fazerem a festa...

Escrevo...
Pelo desejo de respirar
Pelo lirismo de amar...

Então o anjo pôs a sorrir
E sussurrou: pobre poeta, não sabe em que mundo está!
Então disse ao anjo:
Meu mundo é das letras
Das noites imperfeitas
Do destino riscado na mão
Da alma tingida
Do corpo no coração...

Então o anjo pôs a sorrir
Na alta da madrugada
E seguiu seu caminho
Enquanto eu abria a porta
Para mais uma jornada...


MAURO ROCHA 16/03/2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

DELIRIOS

Dias loucos de calor
A caneta derrete
Estranhas noites de luar
Parece que o sol nem trocou de lugar
Ando pelas ruas pintadas
Observo os muros pichados
O grito de amor nas janelas...

...Quente
Quente o poema delira...
Em todos há um deserto
Com um oásis escondido
Ando por ruas pintadas
De sonhos diversos
A moça encostada no poste
Sonha apenas em ser amada
O cidadão que vigia os movimentos noturnos
Sonha estar em casa
Em todos há um deserto...

No meu deserto
A caneta derrete
O poema reverte
Minha alma inerte
Meu corpo padece
Neste louco calor...

Quero de baixo de um chuveiro
Fazer amor...


MAURO ROCHA 12/03/2009

sexta-feira, 6 de março de 2009

FLOR DO DIA

(Dedicado a todas as mulheres e seu dia, que são todos , claro!)


Uma estrela no céu
Observa atenta
As pessoas que passam
E em especial as mulheres
E suas peculiaridades
Suas saias rodadas
Seus rostos e gestos
E a beleza toda envolvida...

A estrela no céu
Concluiu que:
MULHER
É
MIL
É
SER
É
INFINITA
É
ESSÊNCIAL
Na sua forma, na sua lógica,
De frente ao espelho
No primeiro beijo
Nos mil desejos
Na maternidade
Na fraternidade
No dizer sim
Quando quer dizer não
No dizer não
Quando quer dizer sim

Então a estrela desejou
Que se um dia voltar para a terra
Quer ser MULHER
Pois não precisa explicar a
Razão, desejo, alegrias,
Tristezas, indecisões,
Firmezas, delicadeza,
Tudo misturado
Com sabedoria
Maestria
Pois ser MULHER é
Ser INFINITA
Ser LINDA
Ser TUDO dentro do nada
Ser AMADA
Ser DESEJADA
É SER
ESTAR
IR
FICAR
SORRIR
CHORAR
E NUNCA DEIXAR DE SER MULHER. MAURO ROCHA 08/03/2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

PÁSSAROS

Olha...
Devora quem te adora
Não vai embora
Espera a aurora
Outrora
Abre a porta
Suave memória
Beija
Sorrir
Chora
Estende a mão agora
Diz baixinho
Sussurra tudinho
Os olhos... fecha
Gueixa
Sem pressa deixa
A janela aberta
E voa
O pensamento à-toa
Da noite boa
Que de manhã ainda canta
Anjos pernetas
Tua silhueta
Olha...


MAURO ROCHA 05/03/2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

CASTELOS E SUAS TORRES

O amor...
Sempre o amor
Que move as montanhas
Enlouquece as entranhas
O amor...

O amor que sinto por ti
Tão indescritível
Tão invisível
Tão ao vivo

Que começa a chover
E meus olhos atravessados
Na infinita avenida
O corpo molhado
O corpo molhado
Linda
Linda
Tua alma...

E o amor...
Sempre o amor
Que fala sem falar
Que chora sem lacrimejar
Que infinita o olhar...

O amor que sinto por ti
Está além das palavras em meus lábios
Está além da saudade que o tempo produz
Único, lúdico,
Que começa a chover
Para que um dia você possa perceber...

O amor...
MAURO ROCHA 04/03/2009

ILHA

Com aflição
Sinto meu coração
Nas noites de solidão
Nos dias sem tesão

E corre por entre os rios
O sangue nas veias
O que vejo é o sorriso vazio
Nas avenidas e aldeias

Com aflição
Sinto tua mão
No tímido sorriso da noite
Que se eterniza...

Sinto meu coração...


MAURO ROCHA 04/03/2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

O TEMPO

O tempo
Sem tempo
Envelhece no sol
Descansa no vento
Cicatriza as feridas
Guarda as saudades
Do tempo que não volta mais...

O tempo
Anda por hora
Bate por minuto
Muda num segundo...


O tempo
Pede um tempo
Indeciso momento
Decide descer o rio
Ou acabar tudo
E fazer um desvio
Um tempo sozinho...


O tempo
Anda por hora
Bate por minuto
Muda num segundo...

MAURO ROCHA 02/03/2009





quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

EMOÇÃO, GRITO, PAIXÃO

Cravo no crivo
Vivo
Verde e Rosa
Beija-Flor
Na avenida inteira
Salgueiro
Minha Imperatriz Leopoldinense
Nesse Império Serrano
Passa ano ensaiando
Na Vila Isabel
O carnaval começa no chão
E chega ao céu...

Sambas, alegorias, paixão
Estácio majestoso Estácio
De Sá sabe cantar
Na Mocidade Independente de Padre Miguel
No meio da Sapucaí
A luz, a multidão, a emoção
Dos Acadêmicos do Grande Rio...

Unidos...
Da Tijuca
Do Viradouro
Do Porto da Pedra
No carnaval dos sonhos
Ano após ano
O coração palpita
Portela
Nesta apoteose
Todas elas
Escolas do coração
Na Sapucaí
Na quarta-feira de cinzas
Da redenção a glória
Mas o que importa é a paixão...


MAURO ROCHA 18/02/2009


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

AO ENTARDECER

Sopra o vento e bate a porta...
...O destino...
Palavras tortas
O mundo diluído...
...Na solidão...
Como na canção
Procuro o refrão
Numa nota só
Só magia
Poesia
Citações
E o destino corre nas veias
Incendeia
Caminhos tortos
Caminhos lógicos
Uma estrela na mão
Uma saudade então
O que vai ser hoje?
Uma lágrima feliz
Ou um sorriso triste?
Um desejo perdido
Ou um abraço amigo?
E sopra o vento na mão riscada...
...O destino...


MAURO ROCHA 16/02/2009


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

TEMPESTISIDADE

Cigarras cantam seus cânticos
Absurdamente monólogos
Enquanto o lápis risca o papel
Numa tentativa de definir sexo e amor
E quem disse que aquela “rapidinha”
Não é amor entre linhas?
E quem disse que aquele encontro demorado
Não foi apenas sexo pensado?
Mas como definir o indefinido
Como dizer se quem está fazendo sexo
Não está fazendo amor?
E quem está fazendo amor
Não está fazendo sexo?
Nesta linha inseparável
Onde a imaginação pula
O romantismo pulsa
Ou a falta dele suplica
Entre homens e mulheres
A relação de amor e sexo
De sexo e amor
É tão simplesmente complexa
E tão complexamente simples
Que me pergunto em quantos monólogos
Cantamos?
Ou quantos diálogos conversamos?
Para entender que amor e sexo
Faz parte do que amamos...

MAURO ROCHA 11/02/2009






quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

LENDAS URBANAS, NOITES HUMANAS

Quando quero exorcizar meus demônios
Ouço The Smashing Pumpkins
Você pode dizer que sou esnobe
Mas sou o nada encima das planices
Um anjo com seus vícios
A fase aborrecente diante do espelho enfrente aos seus pais

Quando quero exorcizar meus demônios
Mergulho na noite ensolarada de estrelas cadentes
Perfeita
Para os sonhos e delírios
Mapas astrais e desenhos em tuas mãos
Acaricio teus cabelos e beijo o canto de tua boca
Leio poemas eróticos em noites toscas

- Ola! Lembra de mim?
- Não!! Mas minha face partida precisa de uma palavra amiga.
- Sou seu mais louco desejo.
- Impossível! Morri há meses, inconformado me colocaram no limbo.
- Mas tudo isso pode ser um truque.
- Será!? Beijei a água, deitei com o fogo então venderam minha alma...
- Não...E estou aqui para provar, estou nua e com vontade de amar.
- Amor!? Foi o que me deram e me tiraram, não posso acreditar.
- Ok! Vamos devagar, vamos nos conhecer, nos apaixonar, depois então...amar...

...Acaricio teus cabelos e beijo o canto de tua boca
Leio teu corpo em movimento
Você pode dizer que sou esnobe
Mas sou apenas o anjo que anda do seu lado
Na solitude da noite escura
Que escore por entre teus olhos...

MAURO ROCHA 05/02/2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

NU POEMA NU

Nas estrelas o brilho do sol
É manhã de sexta ou um dia qualquer
O noticiário informa mais um bombardeio
E o mundo se pergunta até quando?
Marquises e paredes estão pichadas
Entre desvios e ruas estreitas anda-se pela cidade
No portão espero-te com uma flor
A tarde passa e muitos fazem amor
A tarde passa e palavras são clicadas
Toda brincadeira tem um fundo de verdade, é o que dizem...
Sirenes passam junto às pessoas invisíveis
E o que todos querem é paz e sossego
E o que todos querem é não ter medo...

Nu
Visto-me de poema
Sento-me ao lado do poeta em Ipanema
Tatuo tua alma em meu corpo
Sou de palavras simples
Mas simplesmente fico mudo com teu olhar
E espero as palavras para poder dizer
E decoro os sonhos para poder te beijar
Sem saber que o amor esta no ar...
E o dia passa...
Acordo com o rio transbordando
O destino brinca com sentimentos mundanos
E devagar segue o ritmo das paixões violentas
Aonde se perde mais do que se ganha
Mas descobre-se que na tempestade sempre vem...
Com olhos esbugalhados do tempo
Para nos dizer que tudo passa...

Nas estrelas o brilho do sol
Invade os corações pegos pelo anzol
Urbanamente criptografadas
Nu teu corpo é um poema
Mosaico, decifro o que vale a pena...
Meus olhos...Teus olhos...Tormenta.


MAURO ROCHA 02/02/2009