sexta-feira, 23 de outubro de 2009

FLORES DE ESTRELA

Tenho por você amor e admiração
Parece mentira, mas não é não.
Tenho por você respeito e paixão
Parece mentira, mas não é não.
Tenho por você muito tesão
Parece mentira, mas não é não.
Tenho por você um sentimento que parece se igual a todos os homens
Mas não é não.
Porque é por você, que é única e exclusiva
Tua beleza, tua silhueta, tua simetria...
E todos os dias, por ti fico mais apaixonado
Sei que sou louco, difícil e atrapalhado
Mas sem você é como o céu sem estrelas
Pois sem você sempre vai faltar algo...
E todos os dias, tenho por você mais amor e admiração
E todos os dias, tenho por você mais respeito e paixão
E todos os dias, tenho por você mais e muito mais tesão
Por isso digo, digo e repito que te amo
Mesmo que seja só em pensamento
Mesmo que seja por um momento
Mas que seja eterno
Diante do sol
Diante da lua
Diante do inverno
Diante da primavera
Diante de tudo imaginado ou não
Diante do espelho ou nas noites de solidão
Tenho por você amor...


MAURO ROCHA 23/10/2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DIAS DE PROVA

Conto nos dedos, até nos que estão escondidos, o passar do tempo...
O que espero da noite senão estrelas-signos combinatórias e taciturnas
Vou a estante, pego uma conha e escuto o mar que me diz Pessoadianamente:
“Navegar é preciso”
Será? Ou apenas viver basta?
Observo o vento, e suas visitas rápidas,
Brincar com as folhas ou mexer com as matas
Às vezes o vento traz nuvens mal-humoradas
E seus temperamentos tempestuosos
O que dizer das tempestades humanas?
Os sentimentos são desejos perigosos
Observo o horizonte da sala que revela muito mais que móveis
Veja a janela! E o mundo que sai e entra por ela
E a porta! Que se abre para o mundo ou apenas se fecha para ele
E você sentado a minha frente que não é apenas um reflexo no espelho
É um turbilhão de desejos
É um reflexo do medo
É apenas uma criação
É um profissional ou não
Eu um artista notório ou apenas querendo ser ou estar
É apenas um cidadão
É apenas um reflexo no espelho...

Conto nos dedos, até nos que estão escondidos, o passar do tempo...

Será?


MAURO ROCHA 21/10/2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MESTRE

Saber e ser sabido
E o tempo é nosso amigo
E por falar nele, lembro-me da tia do jardim
E de tudo que aprendi a parti daí

E de todo saber que nos deixa admirado
Pois quem não passou por um banco de escola,
Não sabe e nem tem história
Da primeira paixão ou a admiração do professor

E quem é esse ser tão iluminado?
É aquele que nos ilumina com suas palavras
É aquele que nos conduz nas escolhas
É aquele que nos torna verdadeiros humanos


Por isso o verdadeiro professor
Aquele que tem por sua profissão paixão e amor
Aquele que nos faz sentir saudade dos tempos de classe
Esse ser iluminado pode ser, com carinho, chamado de Mestre

E será sempre chamado de Mestre todo professor
Que sabe e é sabido
Que sabiamente é nosso amigo
E por toda essa lição digo: Obrigado Professor!

MAURO ROCHA 15/10/2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

POEMA NA MESA

Queria ver: Eu!
Queria dizer: Tu!
De repente...Deus!
Sois apenas Um!

As palavras, misteriosas palavras, dilaceradas palavras no jardim
Deixe a porta aberta no dia-a-dia diluído do cotidiano
Faça amor entre onomatopéias liquidificadas no calor
Escute os anjos, a cidade é cortada por ondas de notícias, palavras sem fim

Verde, amarelo, vermelho e o sinal coordena o caos das ruas paradas
A realidade crua é envolvida num etílico brinde para ser vivida
A noite gira num processo de curtição e bate-papos infinitos na net
O silêncio que acontece é o amor que floresce no olhar-carinho que nos veste

Queria ver a madrugada-sorriso e o sorriso da madrugada em tu
Queria dizer que quando fecho os olhos vejo eu-você e você...eu
De repente, em meus delírios noturnos, nos meus pulos-abismos, Deus!
Sois apenas, a imagem no espelho, o verme que rasteja, o homem que muito pensa, um!

As palavras, misteriosas palavras, dilaceradas palavras no jardim...


MAURO ROCHA 08/10/2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

QUARTO MINGUANTE

Quando quero a rua parece nua
Quando quero a alma parece sua
Hoje está indefinida a estação
Hoje está definida a solidão

Navego em livros lisérgicos em busca de palavras esdrúxulas
A fé está onde você encontra, mergulho no abismo de mim mesmo...
Não sinta pena de sua carne e nem reclame do preço que você paga por sustentá-la
O mundo é o mesmo, o que muda são as formas que a humanidade dá ao mundo

Tudo bem, você vai dizer: Quanta acidez!
Mas, será eu ou minha alma que está corroída com tanta insensatez ?
Ou será os delírios de um anjo estatelado na avenida Atlântida?
Ou será a poesia presa na garganta?

Quando quero a rua parece sua
Quando eu quero a lua parece nua
Hoje o dia está lindo
Hoje estou vivo...


MAURO ROCHA 06/10/2009