sexta-feira, 28 de novembro de 2008

NOITES...

Olhos néon
Cidade fosforescente
Desejo?
Talvez
Vontade?
Sempre...

Olhos envolventes
Cidade néon
Estrela cadente
Cai em minha mente
Os desejos
As vontades
Escritas em tablóides
Estampadas no corpo
Fosforescente...

Noites...
Espaço vazio
Senil
E o Brasil
Serviu
E quem não viu
O beijo na madrugada
Néon...

Parte
Pedaços de mim
Meu coração
É seu
E as imagens
Nas mãos de Deus...

Noites...

MAURO ROCHA 28/11/2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

MAQUINISTA

Queria todos os dias querer
Vou acordar um dia
Podia todos os dias poder
Das noites vazias
Seria todos os dias ser
Colher as flores pequenas
Mas não era nada
Dos dias serenos
Na face que espelho
Vivo do nada
Vejo a água turva
Pois nada tinha
No rio escuro
As lágrimas das nuvens
E de seus olhos transbordava felicidades
No sol noturno
Na complexidade da vida
Vejo a vida
Vejo sempre a simplicidade
De ter tudo no nada
E a solidão que invade
Fecho os olhos de saudade
Postado na parede
O horizonte se perde
Meu mundo é verdadeiro
De mãos dadas...


MAURO ROCHA 18/11/2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

CONSCIÊNCIA NEGRA

A cor de tua pele
Nem sempre traduz
A força de tua alma
A beleza e o poder de tua palavra...

Teu passado foi escravo
Teu presente livre
Teu futuro consciente...

A cor de tua pele
É uma dádiva dos deuses
Daqueles presentes que provoca,
Fascina, dá medo

Pelo desconhecido
Que guarda tantos segredos
E tem tanto para mostrar

Tua pele é Negra
E teu orgulho é ser
E não estar.

MAURO ROCHA

terça-feira, 18 de novembro de 2008

HORIZONTE EXPOSTO

Puro desejo
E o que vem primeiro
Falas de sexo, falo de amor
Falo de amor, falas de sexo
E nesta loucura
Louco é o amor
Insano desejo
Seja como for
Tudo está ligado
A luxúria, a gula,
A caixa aberta de Pandora
Os dias
As horas
A porta aberta
O horizonte exposto
A relva
As curvas
O desejo...
Puro...

MAURO ROCHA 12/11/2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

LINHAS NÃO RETAS

Sentado a beira do abismo
Olho para trás e vejo a vida
Tudo se passa
Tudo já passou
Os sorrisos eu guardo
As lágrimas eu esqueço
O destino eu traço
Nas portas que escolho
Sentado a beira do abismo
Para seguir um novo horizonte...

Hoje inicia um novo ciclo
Hoje eu nasci...

MAURO ROCHA 14/11/2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ESTAÇÃO, SAMBA E VIOLÃO

Não te conheço
Nunca te vi
Mas reconheço
O que fazes a mim

Teu esplendor
Tua dedicação
Teus mestres
Sambas e violão

Não te conheço
De perto assim
Mas admiro
Teu verde e rosa daqui

Teu esplendor
Cartola estendia com a mão
Teus mestres
Sambas e violão


MAURO ROCHA 07/11/2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ESPARSO

A esperança molha o solo
E com ela deito e rolo
Em meus sonhos esparsos
O espaço delimita a realidade
Tenho a saudade ao meu favor
E as palavras que encantam
Estão guardadas na estante...

Dentro do céu de nuvens negras
Vejo o dia surgir
Nos goles de café
Penso o que vem a mim

O tempo não espera
Os dias só completam
As noites escuras

A esperança molha o solo
A fertilidade está nos olhos
As mãos, o abraço, o arado
Misturas, libido, ao teu lado
Tenho a saudade ao meu favor...

A esperança molha o solo
Do rosto ressecado
Do corpo cansado
Dos dias completos
Das noites...minhas
...Tão tuas...

MAURO ROCHA 04/11/2008



...E OUTRAS COISAS

E o mundo roda
Gira e acorda
Tantas voltas
Muda
Retas
Quedas
Hitler
Caos
Muro de Berlin
Esperança
História
Chama
Luther king
Clama
Barack Obama
E o mundo...

MAURO ROCHA 04/11/2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

MORDIDA

Profundo feito um abismo
Caio em seus olhos melancólicos
Para descobrir as tristezas mundanas
Para me disfarçar com suas faces
E desaguar em teu mar repleto de afluentes...

Crio frases de efeito
Para esconder os defeitos
Navego entre rimas e sorrisos
Para observar estrelas cadentes
Teus olhos revelam o mundo
Teu mar é turbulento...

O deus dos ventos não segue destinos
Muda a rota em jogos de dados
Meu mapa é repleto de desertos
Sou um camaleão revertido de adjetivos...

Profundo é o amor
Que teus lábios semeiam
Em verbos defectivos
Teu mapa é repleto de desvios
Desconfio das placas de contra-mão...

O deus da água brinca de movimentos
Mas não se iluda com sua sedução,
Como o deus dos ventos, ele joga dados
E sua ira traduz-se: destruição.

Profundo feito abismo
Atravesso teus olhos noturnos
Na ânsia de um beijo demorado
Anjos dançam em cima de estrelas mortas
Enquanto gatos miam assustados...

...Nossos gritos de prazer ecoaram pela madrugada
A tempestade abafa nossos gemidos
Teu abismo é cheio de surpresas
Sou apenas um rato sendo observado pela serpente...

Crio defeitos
Para esconder os efeitos de tua sedução
O amor é uma mordida
Quem sente sabe que atinge a alma...

Profundo é o abismo
Que esconde os pecados
Na ânsia da primeira mordida...

MAURO ROCHA 28/06/2007







NOVEMBRO

Novembro que vem...
Dos escorpiões
Da chuva também
Dos trinta dias
Do penúltimo mês
Para o ano que vem
Novembro...

MAURO ROCHA 04/11/2008