sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

NU POEMA NU

Nas estrelas o brilho do sol
É manhã de sexta ou um dia qualquer
O noticiário informa mais um bombardeio
E o mundo se pergunta até quando?
Marquises e paredes estão pichadas
Entre desvios e ruas estreitas anda-se pela cidade
No portão espero-te com uma flor
A tarde passa e muitos fazem amor
A tarde passa e palavras são clicadas
Toda brincadeira tem um fundo de verdade, é o que dizem...
Sirenes passam junto às pessoas invisíveis
E o que todos querem é paz e sossego
E o que todos querem é não ter medo...

Nu
Visto-me de poema
Sento-me ao lado do poeta em Ipanema
Tatuo tua alma em meu corpo
Sou de palavras simples
Mas simplesmente fico mudo com teu olhar
E espero as palavras para poder dizer
E decoro os sonhos para poder te beijar
Sem saber que o amor esta no ar...
E o dia passa...
Acordo com o rio transbordando
O destino brinca com sentimentos mundanos
E devagar segue o ritmo das paixões violentas
Aonde se perde mais do que se ganha
Mas descobre-se que na tempestade sempre vem...
Com olhos esbugalhados do tempo
Para nos dizer que tudo passa...

Nas estrelas o brilho do sol
Invade os corações pegos pelo anzol
Urbanamente criptografadas
Nu teu corpo é um poema
Mosaico, decifro o que vale a pena...
Meus olhos...Teus olhos...Tormenta.


MAURO ROCHA 02/02/2009
















MISTÉRIO PROFUNDO

Lua...
E o amor continua
Flutua...Invisível...Brilhante
Navega
Nos teus olhos
Nos olhos dela
Na estação
A flor na mão
O amor então...
Nua...Lua...
Meu coração.

MAURO ROCHA 30/01/2009


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

AINDA VEJO AS ESTRELAS

Estou com um dilema
Não faço poema
E sim textos capengas
Diante da janela
Cinema
Fale profundo
Veja, meus óculos fundo de garrafa
A tinta preta acabou
A caneta esferográfica estourou
Só o toco de lápis que restou
Então vou pintar o céu grafite
E escutar Lou Reed
Para ver se as horas passam
E meu espaço fica completo
Com teus olhos de cetim
Diante da janela
Jasmim
Ou frutas fora de época
Pois o que me interessa
São as folhas de teu vestido outono
Caírem em meu mais doce sono
Das tardes insólitas de domingo
Diante da janela
Poemas se revezam
Entre olhares atentos
E distrações do momento
Numa dança sistemática
De joelhos diante de ti

Teu perfume me embriaga
De olhos fechados sinto o paraíso
Da janela
A lua vai curtindo...

MAURO ROCHA 28/01/2009


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

COMERCIAL LOCAL

Doces?
Não, mas se for chocolate!
Chocolate?
Sim!!
É afrodisíaco?
Hummmmmmm
Acho que sim, mas é muito bom.
Em tabletes ou inteiro?
Em tabletes, para brincar devagar....
Assim tudo derrete...
Se esquentar muito,rssrs
Ok! Vou providenciar
Ah! Não esquece a embalagem...

MAURO ROCHA 26/01/2008

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

ENTRE O SER E O ESTAR

Na janela em movimento
Movimenta o pensamento
Passam ruas, jardins, montanhas,
Cidades, felicidades,
Tristezas e idades...

Na janela, sentado no parapeito
Um Hamlet sem jeito
Entre o ser e o estar
Desenha sonhos nas nuvens que vão passar
Pelas cidades, felicidades,
Tristezas e idades...

Na janela, inclinado no horizonte
Num monólogo qualquer
Na alma um desejo ardente
No corpo a razão latente
Dentro das cidades, felicidades,
Tristezas e idades...

Na janela em movimento
Rapunzel joga suas tranças
Como numa quadrilha Drummondiana
Romeu espera e Julieta beija o sapo
Que se transforma em simples operário
Nas cidades, felicidades,
Tristezas e idades...

No pensamento a janela
Movimenta o movimento...

MAURO ROCHA 20/01/2009





quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

LIRISMO CRIPTOGRAFADO

Voltei para dizer
Que ainda vivo
E em meu peito
Apenas a flecha atravessada
Dos dias perdidos
Por cinco minutos de bobeira
E na Faixa de Gaza
Rasga a insanidade de grupos
Que decidem por todos
Que só têm tempo de pensar em se esconder do próximo míssil...

Voltei para dizer
Que a poesia criptografada
Tatua o dia de lirismo
E que toda vontade que sinto
Esta derramada nos punhos cortados
Da noite... entenda...
Vampiros não refletem em espelhos
Sistemas viciados criam pesadelos
Há algo de errado na televisão
O abismo está no próximo passo...

Voltei para dizer
Que agora vai ser diferente
Vou deixar você escolher
Entre o beijo ardente
E a mordida sutil
Entre a tempestade apaixonante
E a brisa amorosa
Entre a maçã pecaminosa
E o desejo da rosa...

Voltei para dizer
Que ainda vivo...


MAURO ROCHA 14/01/2009







terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DIAS IMPRÓPRIOS

O amor que navega e faz navegar nas entrelinhas da paixão...
Kamikaze
Luz na escuridão...
E da janela estendo a mão
Para o dia começar então
Vejo o anjo da noite acordado
Conversas
Desejos
Noites sem fim...

Lágrimas na solidão
A espera
Na esfera
Gira o mundo
Não sou nada sem ti...
Energia
Nas entrelinhas...
Fecho os olhos...na brisa
Sinto teu abraço
Meu Deus eu acho
Não, tenho certeza
O paraíso está nesse espaço
Que me navega...

Nos dias impróprios
Procuro respostas
Em mandarim
E ela tão bela
Tão Botticelli
Tão Joana d’Arc
A Mona Lisa que sorri...
Nas entrelinhas
Não sou nada sem ti...


MAURO ROCHA 13/01/2008