quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

FOGO E ÁGUA

Queria o silêncio que nada dizia
Olhava um olhar no vazio do dia
E todos procuram o mesmo caminho
E todos procuram carinho...

E assim navegava na água do rio
E assim queimava seu olhar sozinho
E tudo era tão bem escrito
Era tudo tão bem dito...

Quando acordou percebeu que ainda era dia
Da noite que não terminava
No espelho um rosto sem expressão
Na boca um gosto de hortelã

A vida inteira esperou por uma chance
E quando achou que era sua vez, mergulhou na tempestade...
Das loucuras que lia nos livros
Das aventuras que o acordava em seus delírios

A vida inteira esperou por uma chance
E quando achou que era sua vez, não sabia o que era paixão...
Ficou louco no abismo sem horizonte
Aventurou-se no amor coberto de ilusão


Queria o silêncio que nada dizia
Olhava um olhar no vazio do dia
Já não sabia se mergulhava na tempestade
Ou se descobria o que era paixão


Mas nem tudo era como nos livros
Mas nem tudo era como nos seus delírios
Mas sempre haverá um abismo
No horizonte do amor...

MAURO ROCHA 25/02/2010






quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

POEMA DO AMOR LOUCO (terceiro ato)

A vida assim se faz assim
E um casal viver em transformação
Das alegrias do tempo então
Das tristezas que um dia tem fim

E muitas loucuras são apenas ciúmes
E muitas travessuras são saboreadas em sorrisos
E muitas aventuras são dispensáveis
E na contagem do tempo vencem os sorrisos...

Do conhecer ao namorar
Do namorar ao noivar
Do noivar ao casar
A vida se renova a cada luar

E tudo tão perfeito de um dia para o outro
Tudo tão belo e ainda com um sorriso no rosto
Por saber que ao tempo e ao vento estão juntos
E assim começa esse poema do amor louco...

MAURO ROCHA 24/02/2010

POEMA DO AMOR LOUCO (segundo ato)

Eu fiz um desafio-brincadeira à Ana Cristina Quevedo do INCONGUENTE LISURA para fazer o "segunto ato do Poema do Amor Louco" e ficou na minha opnião ótimo e agora vou fazer o terceiro e último ato, espero que fique a altura do segundo ato.


No cabelo, a fita amarela
O vestido, branco da espera
Ela aguarda o moço que, em breve
Afagará de manso, de leve
O coração a palpitar

As mãos que se unem, palma a palma
Na loucura que reserva a paixão
Pois depois do encontro de almas
Cada minuto é encanto, é beleza
Secou da moça a tristeza
Amansando sua emoção

E como da Vida, o decurso ameno
Casaram-se logo em dezembro
Nunca se viu noivos tão radiantes
Ela, contrita, ele galante
Emanando dos dois, a luz vibrante

A felicidade dos dois no altar
Com mil promessas solenes a jurar
Comoveu a todos que lá estavam
E que com eles, lágrimas espalhavam
Pela capela pequena a rezar

Tudo tão perfeito, tão completo
Tudo tão belo, de amor repleto
E assim começavam os dois: um casal


Ana Cristina Quevedo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

POEMA DO AMOR LOUCO (Primeiro Ato)

Na mão esquerda uma rosa
Na mão direita um sonho de valsa
E tudo parece prosa
Ao pé da escada...

O beijo mais que prometido
Depois de tanto desejo
Era um mundo aberto
De um horizonte perdido...

As promessas e os acontecimentos
Resultaram na união
Dos corpos cósmicos
Estrelas e explosões...

E a vida assim seguia
Como um conto de fadas
Até os passarinhos faziam serenata...

Tudo tão perfeito de um dia para o outro
Tudo tão belo com um sorriso no rosto
E assim começava aquele namoro...


MAURO ROCHA 22/02/2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

...VEM O CARNAVAL...

Às vezes o tempo passa
E sem pressa
Eu ando pela praça
É quando a saudade aperta...

Sem pressa folheio o jornal
Entre a política e a cidade vem o carnaval
E lembro-me quando eu era o pierrot
Hoje sou apenas admirador...

Mas tudo é fantasia
Mas tudo é alegria
Até a quarta-feira
Quando a cidade fica vazia...

Às vezes o tempo passa
Mas ele ainda não passou
Fecho os olhos e com a multidão eu vou
Dançando com a cabrocha mais linda...

Mas tudo é fantasia
Mas tudo é alegria
Até a quarta-feira
Quando a cidade fica vazia...

Então ando pela praça
É quando a saudade aperta...

MAURO ROCHA 10/02/2010






segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CONTOS E JORNAIS

Depois de tanto falar
E de tão pouco escutar
Sinto a brisa do mar
Vejo as ondas se quebrar

Quem nunca falou tanto com o amor
Quem nunca escutou pouco sobre o amar
As nuvens que nos leva ao céu
São as mesmas que acompanha as lágrimas do fel

Quem nunca se sentiu como a “Alice no País da Maravilhas?”
Quem nunca esperou o beijo da “Bela Adormecida?”
Você pode dizer “Isso parece uma sala vazia”
E eu vou dizer “São apenas palavras sem vida...”

Depois de tanto falar
Resolvi me erguer
Olhando as ondas do mar
No horizonte resolvi me perder

E tudo que se via era o pôr do sol
E ele escrevia em seu lençol
Fantasias além do mar
Na brisa dos olhos fechados ao amar...

E tudo que se via se falou
E ele escrevia o pouco que escutou
Com as nuvens paradas no céu
A saudade escorria como mel

E assim foi-se o dia
Que ele descobriu o amor
Na brisa suave que vinha
Nas ondas que se quebram com a dor

E assim foi-se a noite
Que ele descobriu o mar
Nas ondas perdidas do horizonte
Com os olhos fechados ao amar...

MAURO ROCHA 08/02/2010