segunda-feira, 29 de setembro de 2008

TEMPORADA DE TEMPESTADES

Sempre que vejo
A lua, as estrelas, o dia...
Entre tantas coisas, o espelho...
Entre tantas coisas, o que mais seria...

As pedras no abismo?
Não!
Apenas fantasias?
Não!
O livro aberto?
Talvez!
Seriam poesias?
Talvez!

Entre tantas coisas...

Vejo...

Você...

Passar na linha do horizonte
Entre o desejo e o querer...
...A ponte...
Que atravessa
A temporada de tempestades...


MAURO ROCHA 29/09/2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

POEMA ADOLESCENTE

E ela ria de minha poesia
E eu ridiculamente vermelho me sentia
Devia ter deixado guardado
Tais rabiscos adolescentes
E quem sabe vinte anos depois
Eu mesmo abriria a gaveta e riria
Das espinhas e da timidez
Que aquele texto dizia...

Mas ela ria da minha poesia...

MAURO ROCHA 26/09/2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

TEORIA DA EVOLUÇÃO

Os anjos estão do lado de fora
Esperando eu criar asas
Nunca pensei nisto
A morte me olha com um sorriso
Mas será que vou criar asas
Ou apenas cair no abismo?

As pessoas têm medo
As pessoas choram
As pessoas...

A morte olha com um sorriso...


25/09/2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

NA QUINA... ESQUINAS...

Quem és tu
Capitu?
O canto da sereia?
O pensamento que nos rodeia?
A lua de cara cheia?
Ou apenas teus olhos
Que nos deixa perdido
Nesta vida
Que te deixa linda...
Nua...

MAURO ROCHA 09/09/2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TEU NOME

Dedicado a minha amada Janaína F. Sousa

Os dias e as noites da cidade que parece um deserto
O calor que ensaia a chuva que não vem
Ipês se destacam na paisagem cinza
Grito dentro do silêncio anunciado
Teu nome, teu nome, teu nome...
Dos meus lábios são sussurrados
E levado pelo vento
Nos dias saudosos
Nas noites geladas
Bebo a água
Farto-me
Mas o que sacia minha sede
O que sacia minha fome
Teu nome, teu nome, teu nome...
Que dos meus lábios são sussurrados
E é levado pelo vento...
Chega até você
Como carta-depoimento
Registro vivo
Do amor que por ti sinto...
Nos dias e as noites da cidade que parece um deserto...

MAURO ROCHA 19/09/2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

FICÇÃO INÉDITA

Na casa...
Papel de parede
Na rua...
Tela de fundo

Os dias passam entre Romeu & Julieta
As noites passam feito cometa...

Escritos desenhados nos cafés
Músicas e sonhos dividem os canapés...

Hoje eu não vi a solidão
Acordei com a caricia da tua mão...

Teatro, cinema, tv
Registros de um mundo teclados por quem vê...

Vejo o espelho que descreve a alma
Sou o escritor que as folhas o vento espalha...

Vinicius, Bandeira, Drummond
Quintana, Cecília, e o café da manhã...

O melhor do dia é a noite tranqüila
O melhor da poesia são as palavras que colhemos nos versos do dia-a-dia...

Na parede...
Uma casa desenhada
No fundo...
O desejo dos anjos numa conversa animada...

Ficção ou realidade?
O que fazes da vida além de morar na cidade...

MAURO ROCHA 16/09/2008







sexta-feira, 12 de setembro de 2008

METAPOESIA

Quando o silêncio quebra os vidros
É porque a dor ultrapassou os olhos
Numa dessas cenas de cinema
Numa dessas horas atrás da porta

Hoje eu acordei com uma flor na mão
Na verdade nem acordei, atravessei na contra-mão
O destino que a mim foi traçado
O destino que a mim foi dado num beijo malogrado

Hoje eu acordei com uma flor na mão
Hoje eu tive uma visão
Hoje eu tenho certeza da poesia
Hoje eu tenho certeza do amor que te oferto, noite e dia

Quando o silêncio se faz deserto
É porque o coração une-se ao pensamento
Na chegada de uma nova estação
De sentimentos misturados, paixão

Numa dessas cenas de cinema
Numa dessas horas que se bate à porta
Do destino traçado que grito
Do destino que te falo, que te amo...

MAURO ROCHA 12/09/2008

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

COMEÇO DE ESTAÇÃO

Quinta ou quarta?
Hoje é hoje?
Ou será amanhã?
Ou seria ontem?
Perdidamente apaixonado
O tempo se perde
Na dança do vento
Nas folhas de outono
Nos longos cursos
E discursos do rio
Perdidamente apaixonado
O tempo não passa
Para no horizonte
E contempla as palavras...

MAURO ROCHA 26/08/2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

AH! CIDADE

Caminhando pelo deserto
A mão traça as linhas
Pedras descansam no chão
Carrego os dias
Nos noturnos momentos de solidão
Fito teus olhos
Teus lábios murmuram segredos
A febre se alastra rapidamente
A cidade expõe suas feridas
Tenho fome
Tenho muita fome
Fome de conhecimento
Prazer em conhecer!
Sou a loucura...
E você?

MAURO ROCHA 05/09/2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

SOPRO

Leve, muito leve
Leve-me
De ultra-leve

MAURO ROCHA 07/09/2008

AH!

Não invento
No vento
Acompanho o movimento...



MAURO ROCHA 07/09/2008

!

Haicai, haicai
Mas eu li
Zélia Gattai


MAURO ROCHA 07/09/2008