quarta-feira, 16 de novembro de 2011

DIFERENTE

Abro os braços para a cidade
A luz ilumina meus olhos
Sou um personagem lúdico
Dentro de um quadro surrealista

Sou a própria lista
Das coisas que tenho que fazer
Dentro do cotidiano arrastado
Da vida cheia de planos...

Lembro das casas de muro baixo
Das inocentes noites de luar
Lembro das madrugadas caminhadas
Voltando para casa...

Hoje abro a porta no momento exato da lágrima
Hoje fecho a janela, pois a noite está assustada
Sinto algo de diferente no ar
Sinto teu calor me abraçar...

Olho para minhas mãos
Olho para meu rosto
Sinto fome
Sinto não estar com você...

Nesses dias de chuva
Lembra?
O tempo não volta
O tempo envolve

Assusta o tiro do revólver
Assusta os pensamentos pobres
Pensamentos egoístas
Pensamentos racistas

Pense...
A vida gira num minuto
Da lágrima ao riso
Do olhar despercebido ao desejo
Do medo a coragem...

Espero o amor passar
Parar e ficar
No brilho da lua
Nua

Nos meus olhos
Teu corpo geme
Enquanto a cidade acorda
Abro os braços...

MAURO ROCHA 16/11/11











2 comentários:

Paula Barros disse...

A vida gira
E somos feitos de lembranças
Lembranças impulsionando os dias, as poesias.

Sinto vontade de dizer que gostei muito.

abraço

Noslen ed azuos disse...

grande poeta!

sempre me guardo de seus, uns tristes demais, outros realistas demais (pena a tristeza e a realidade estarem quase sempre juntas), mas sempre criativo e sincero!

abração
ns