sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

CORES NO SOL


Na transparência e no desejo escrevo
O poema que inicia o ano cheio de incógnitas
O poema que inicia o ano cheio de esperanças
E seja na chuva, ou seja, no sol trilho meu caminho...
 
Mas a poesia quer mais, mais que um caminho.
Caminho esse que às vezes sigo sozinho
Caminho esse que deságua no mar
Caminho esse que ultrapassa o tênue espaço de amar...
 
E na cidade invisível com meus olhos sensíveis reflito luz neon
E na cidade onde sou individuo identifico todos os sons gemidos pela noite
E na cidade aglutinada de desejos e segredos transpira o orvalho da manhã
E na cidade o poema furta-cor tem lua no olhar e gosto agreste...
 
Na transparência e no desejo sou medo e pulsação
As palavras travam, trafegam no vento sem ação.
A folha nua espera o poema vesti-la e conduzi-la para o próximo ato
As pessoas nuas querem ser vestidas de palavras sutis e amor...
 
Lá em cima lua cheia e aqui em baixo as poças d’água refletem o brilho das estrelas
Lá em cima eclipse solar e aqui em baixo movimento de corpos como as ondas do mar
A chuva é apenas lágrimas que lavam as almas perdidas a procura de um coração
O sol esquenta corpos desejosos do calor no frenesi da estação

 
Na transparência e no desejo mergulho no poema-cidade
As palavras edificam, os olhares cruzam as ruas, os movimentos param no sinal.
As pessoas querem o calor das pessoas cheio de luz natural
As pessoas querem apenas amor no coração e a alma flutuando de felicidade...
 


MAURO ROCHA 11/01/13

Um comentário:

Bandys disse...

Ola Mauro,

As vezes é tão simples ver um sorriso no rosto das pessoas. Sentir a felicidade.
E pra mim ler seus poemas é assim.
Eu diria cores na vida.

beijos poeta