quarta-feira, 5 de setembro de 2012

ESCRAVO

O céu do centro da cidade é mais claro
Procuro meus sonhos nos mapas riscados na mão
As estrelas estão ai para quem quer um brilho
Na verdade feche os olhos e siga a estrada...
 
Num dia normal
Numa vida moderna
Com um frio na espinha
Sem máscaras, sem carnaval...
 
As águas do rio refletem as nuvens do céu
As cochas de retalho desenham a cidade
Procuro meus sonhos nas rimas do cordel
Na verdade bata palma e tire o chapéu...
 
Para os calos na mão e os olhos nas lágrimas
De quem tem fé na vida e sorriso na alma
Para os palhaços que nos fazem ri
Quando na verdade eles querem chorar...
 
Num dia normal
Numa vida moderna
Com um frio na espinha
Sem máscaras, sem carnaval...
 
 O fogo que me queima a alma na noite fria
O sangue coagulado no canal da TV
Escravo do consumismo barato que aparece, mas se vê.
Na verdade grite para espantar o tédio e a agonia...
 
Num dia normal
Numa vida moderna

Seus sapatos sujos, o cotidiano no jornal.
Na verdade beba um vinho nos braços da pessoa amada...
 
Faça amor no inicio, meio ou fim da madrugada.
Cante seu rock desafinado
Corra para manter a forma
Formule as ideias num banho inspirado...
 
Num dia normal... Onde os anjos pegam em tua mão.
Numa vida moderna... Coberta de uma camada fina de gelo.
Com um frio na espinha... A cada nervosismo em frente ao espelho.
Sem máscaras, sem carnaval... Vivo no compasso do coração.

 
Na verdade...

                                                                                               

MAURO ROCHA 29/05/12

Um comentário:

Sônia disse...

Perfeito!
Num dia normal
Numa vida moderna

Seus sapatos sujos, o cotidiano no jornal.
Na verdade beba um vinho nos braços da pessoa amada...

Que bonito!

Abraço Mauro, bom feriado!