segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O POEMA NAVEGA VAZIO


Hoje vou alimentar minha alma
Não sei se de poema
Não sei se deixando fazia uma garrafa de vinho
Não sei se de cinema
Não sei se mergulhando nas folhas do livro...
 
Num sopro de vida é necessário otimismo
Senão você pira, não respira, apenas gira.
Num sopro de vida é necessário ser feliz
Ser louco, o oposto semântico quântico, dono do nariz...

Hoje eu vou alimentar meu corpo
Com a visão, o toque, o paladar.
Com tuas palavras, teus movimentos, teu corpo.
Na mesa, sobremesa, sob a luz do luar...
 
No crepúsculo das ideias minhas asas estão perdidas
Estou entre pedras e espinhos, o poema navega vazio.
Não tenho todas as respostas para as mesmas perguntas
No coração da cidade jogo meu poema no rio...

Hoje eu vou alimentar minha alma
Vampiro da noite na solidão do dia
Hamlet questionando a existência da cidade
Minha loucura no caos da idade...

Prossigo...
Com o olhar sereno que não decifra nada
Com o andar tímido e o corpo cheio de marcas
Coleção de cicatrizes deixadas pelo tempo...
 
Vou alimentar minha alma com sangue tinto
Vou alimentar meu corpo com pão divino
Minha condição de anjo foi retirada
Os demônios ficaram na estrada...

Muitas vezes tudo não quer dizer nada
Muitas vezes o que basta é apenas uma palavra
O silêncio me permite ouvir meu coração
A vida me permite escolher entre o sim e o não...
 
Talvez
Não me surpreenda com minha morte anunciada
Talvez
Seja minha vida e mais nada...
 
Hoje vou alimentar minha alma
Não sei se de poema
Não sei se deixando fazia uma garrafa de vinho
Não sei se de cinema
Não sei se mergulhando nas folhas do livro...
 
 Ressuscitar meu corpo...

 

MAURO ROCHA 26/11/12

Um comentário:

Bandys disse...

Ola Mauro.

Gostei muito.

Quem alimenta a alma ressuscita o corpo.

Alimente-se sempre de poesias, e nós agradecemos.

Beijos