quinta-feira, 19 de março de 2009

LOCO-EMOTIVA-MOTIVO-MOTIVA

Há muito queria ouvir
A cidade silenciosa
Mas seria uma loucura pretensiosa

Com tantos movimentos, sirenes, pulsação
Com tantas pegadas, passadas, batidas de coração
Querer a cidade assim silenciosa é muita pretensão

Por isso meu silêncio será interno
Em pleno verão vou ficar no inverno
Em plena primavera meu outono será eterno

E nesse período in loco
Tento arrumar minha vida em foco
Coração, alma, corpo

Nesta cidade que se vive loucamente
Pouco, muito, diferente
O dia, a noite, intensamente

Traço meus pergaminhos
Café, almoço, jantar, caminhos
Paixão, amor, carinhos

Com tantas expectativas, uma tv
Com tantas verdades e mentiras, uma internet
Com tanta ficção e realidade, o que vê?

Há muito para se vê
Muitos são poucos como você
Numa mistura de tudo, de nada, muito prazer

Dentro da cidade
Trafega o poema mosaico
Mas seria uma loucura não querer nada...


MAURO ROCHA 19/03/2009

8 comentários:

Bandys disse...

Seus poemas são belos.

Mauro
Só me vejo com estrela quando caio...rsrs é a cadente que fica pouquissimo tempo iluminada, e nesse tempo vejo pessoas, poetas como vc.

Beijos

Paula Barros disse...

O nosso tempo e o tempo lá fora.

O silêncio que muitas vezes precisamos é mesmo o interno.

abraços

Maristeanne disse...

Poeta Mauro,

Uma dança de silêncios, precisos!


(a)braços,flores,girassóis:)

Angel disse...

Mauro, na verdade essa frase é falada no fim do filme e esse filme é muito bom, obrigada pelo comentário.


Bjs.

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Sim , seria uma loucura!
Lindo.
Bom final de semana.

Ana Paula disse...

Silêncio interno...
É bem assim, enquanto a cidade lá fora segue em sua balbúrdia desvairada.
Lindo lindo!
Abraço.

Clarice disse...

Poeta, é sempre tão bom vir aqui. Tenho uma queda especial pelo silêncio, principalmente o interno, aquietar-se é uma experiência maravilhosa, é como o ditado chinês: A recompensa da paciência é a própria paciência. Acho que podemos aplica-lo tb ao silêncio.
beijos silenciosos da janela

Noslen ed azuos disse...

Mesmo ñ tendo rua sua poesia me faz andar por elas, rumo sem direção.

Abração
ns