Conto nos dedos, até nos que estão escondidos, o passar do tempo...
O que espero da noite senão estrelas-signos combinatórias e taciturnas
Vou a estante, pego uma conha e escuto o mar que me diz Pessoadianamente:
“Navegar é preciso”
Será? Ou apenas viver basta?
Observo o vento, e suas visitas rápidas,
Brincar com as folhas ou mexer com as matas
Às vezes o vento traz nuvens mal-humoradas
E seus temperamentos tempestuosos
O que dizer das tempestades humanas?
Os sentimentos são desejos perigosos
Observo o horizonte da sala que revela muito mais que móveis
Veja a janela! E o mundo que sai e entra por ela
E a porta! Que se abre para o mundo ou apenas se fecha para ele
E você sentado a minha frente que não é apenas um reflexo no espelho
É um turbilhão de desejos
É um reflexo do medo
É apenas uma criação
É um profissional ou não
Eu um artista notório ou apenas querendo ser ou estar
É apenas um cidadão
É apenas um reflexo no espelho...
Conto nos dedos, até nos que estão escondidos, o passar do tempo...
Será?
MAURO ROCHA 21/10/2009
4 comentários:
E as inquietações que lhe assolam de forma tão "pessoaneana", pois bem, "navegar é preciso, viver não é preciso"!
Um abraço e que sejas aprovado no concurso com uma excelente colocação!
:)
Navegar é preciso, viver não é preciso.
Estou passando por uma fase assim.
abraços
de luz e paz.
Hugo
Ao ler foi me dando angústia, inquietação.
Turbilhão de desejos
E uma porta
Que se abre para o mundo
Ou se fecha.
O horizonte da sala, o espelho que reflete e fala, a janela e olhar que vaga....
Ai, Mauro, e a vida passa...e o tempo escorre entre os dedos, e o turbilhão de pensamento e emoções e sentimentos e desejos....
E Pessoa, e a pessoa?
Bem, garoto, me fez pensar.
abraços
a prova maior é viver meu caro e essa nós tiramos de letra... inacabado o mundo de quem pensa nas provações como martírio... são aprendizados na ampla certa do amanhã... abs meu caro.
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