quinta-feira, 8 de outubro de 2009

POEMA NA MESA

Queria ver: Eu!
Queria dizer: Tu!
De repente...Deus!
Sois apenas Um!

As palavras, misteriosas palavras, dilaceradas palavras no jardim
Deixe a porta aberta no dia-a-dia diluído do cotidiano
Faça amor entre onomatopéias liquidificadas no calor
Escute os anjos, a cidade é cortada por ondas de notícias, palavras sem fim

Verde, amarelo, vermelho e o sinal coordena o caos das ruas paradas
A realidade crua é envolvida num etílico brinde para ser vivida
A noite gira num processo de curtição e bate-papos infinitos na net
O silêncio que acontece é o amor que floresce no olhar-carinho que nos veste

Queria ver a madrugada-sorriso e o sorriso da madrugada em tu
Queria dizer que quando fecho os olhos vejo eu-você e você...eu
De repente, em meus delírios noturnos, nos meus pulos-abismos, Deus!
Sois apenas, a imagem no espelho, o verme que rasteja, o homem que muito pensa, um!

As palavras, misteriosas palavras, dilaceradas palavras no jardim...


MAURO ROCHA 08/10/2009

10 comentários:

Zek disse...

Ahh essa palavras, esses jardins tantos começos e tantos fins.

Foi um momento para refletir poeta!

Abraços.

Paula Barros disse...

Ai, ai...gostei demais dessa frase:

"O silêncio que acontece é o amor que floresce no olhar-carinho que nos veste"


Ao ler seus últimos poemas me passou uma sensação de um ser em ebulição.

bom final de semana!

Bandys disse...

Mauro,
Lindo demais!
"De repente, em meus delírios noturnos, nos meus pulos-abismos, Deus!
Sois apenas, a imagem no espelho, o verme que rasteja, o homem que muito pensa, um!"

Cada dia, uma surpresa nova nesse cantinho que adoro.

Beijos meus

Carla disse...

misteriosas palavras que flores parecem em tão belo jardim
beijos e boa semana

Unknown disse...

Saudades de sua pagina, poeta Mauro (Mário rs) Rocha.
Ando muito introspectivo e afastado deste mundo... mas é sempre bom, tirar um tempo de si mesmo e ler todos os textos que escreveu.
Gostei muito deste 'Quarto minguante'

Um grande abraço.

[ rod ] ® disse...

as palavras são seres desconstruídos que ganham forças nas junções que fazemos... as suas são impecáveis... e eu sinto prazer de está tão perto daqui. abs meu caro.

Eu disse...

Nos vestimos de palavras...
E muitas vezes nos transparecemos ou escondemos nelas!
Muito bom estar aqui admirando a sua escrita!
Um beijo carinhoso para você!

Majoli disse...

Faço minhas as palavras da Bandys, adoro esse teu cantinho.

Beijos meu amigo.

Ana Paula disse...

"escute os anjos"...
ah... eles têm tanto a nos dizer.

Cristiana Fonseca disse...

Olá poeta,
não tenho palavras diante de tuas palavras, belo poema não é o bastante.
Por agora apenas admiro.
Abraços,
Cris


P.S. Deixo minhas desculpas pela ausência em comentarios, mas estou sempre acompanhando tuas belas poesias.