sexta-feira, 14 de setembro de 2012

RETINAS FATIGADAS



Os dias cortados, a noite pequena.
A insônia me permite contar estrelas
Não procuro antídotos
Não há amor na indiferença, apenas a dor que dela se alimenta...

As noites cortadas, o dia pequeno.
A clarividência me permite ver os amigos
Não procuro antídotos
Não há guerra que não proclame paz...

Pensamentos cortados, a palavra pequena.
Os livros da estante me permitem viajar
Não procuro antídotos
Nem toda sede necessita de água...

Palavras cortadas, diálogo pequeno.
A janela me permite outro olhar
Não procuro antídotos
Nem todo fogo é desejo...

O tempo cortado, ventos periódicos.
O perdão não salva almas penadas, mas ameniza a dor.
Não procuro antídotos
Nem toda liberdade têm asas...

Ventos cortados, o tempo variado.
Os porta-retratos também guardam a poeira dos sentimentos
Não procuro antídotos
Nem toda pedra está no caminho...

Os dias cortados, a noite pequena.
A insônia me permite contar estrelas
Não procuro antídotos
Mas o sentido que a vida dá para as coisas sem sentido...


MAURO ROCHA 14/09/12
  


4 comentários:

Só em Palavras disse...

Ei, porque o outro blog tem a verificação de palavras?

Só em Palavras disse...

Queria ter deixado no seu outro blog
o comentario abaixo,
que respondi no meu
depois de seu comentario.
Obrigada por me ler.

Só em Palavrassábado, 15 setembro, 2012
Mauro, bom dia! Quanto a seu comentario la no blog
é so subir o cursor,
a taça é fixa.
A ideia de tão certo que acabei de lançar um livro
com a taça na capa.
Lindo sabado!
E adorei encontrar o
Elcio e a Chica aqui, adoro os dois!

Só em Palavras disse...

Alias me de um endereço de email, manda pro meu
catiaho@hotmail.com
se
achar conveniente é claro,
quero fazer propagando do livro que tem o nome do blog.
bs

Bandys disse...

Oi Mauro,

Será que a própria vida não é um antídoto?
Tantas coisas sem sentido nessa vida! Você continua dando sentido as palavras e eu agradeço.

Bom te ler.

beijos e fique na paz.