quinta-feira, 23 de abril de 2009

NOITES ÁCIDAS, DIAS TÁCITOS

O dia não precisava estar cinza
Ou estar claro
Apenas precisava entender tudo aquilo
Sua mão segurava o caule de uma flor
Os espinhos penetrados, porém não havia dor
Não havia alma
Apenas um corpo estendido no chão
Apenas, apenas, apenas, dizia a televisão...

O dia nem precisava existir
A noite supria o desejo
As estrelas representam a eternidade
Num vôo panorâmico
O pensamento vai longe
Esse é meu poema
Não há mais o poeta
Apenas um corpo estendido no chão
Apenas, apenas,apenas os espinhos nutridos pela mão...



MAURO ROCHA 23/04/2009

8 comentários:

menina fê disse...

tá triste?

:O :O :O


bjão da fê =D

Bandys disse...

Mauro,
Poeta saõ eternos!
Bonito, mais meio triste.
beijos
PS EStava viajando...

Yussef disse...

O poema é bom.
Resta saber se tu tá down.

Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima.

Voltarei aqui sempre que eu puder.

Abraços

Noslen ed azuos disse...

...estar triste ou alegre, não importa, a poesia sempre insiste em ser bela.

abração
ns

Zek disse...

suave, contrito e reflexivo...
muito bom, gostei e refleti!

Abs

Poeta Mauro Rocha disse...

Como já dizia Cecília Meireles:

"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta."

Mas quero informar que não estou triste.

Dry Neres disse...

A sua sutileza é a coisa mais bela dentro de toda a sua poesia, de acordo com meu olhar tão fascinado pelas tuas linhas...

Li, reli... Não sei comentar à altura! Mil beijos.. :)

Paula Barros disse...

Completando o seu comentário...e um grande poeta. Admirável, que sabe, iria dizer usar as palavras, mas não é, sabe acariciar as palavras e fazer elas cantarem sempre com emoção.

Gostei quando leio o poema e imagino uma cena e consegui imaginar os espinhos nutridos, brotando, crescendo.....