quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

CLAUSTROFOBIA

Louco, medo, paixão
Vejo o desespero do dia
Dia-a-dia em minha mão
O fogo que consome minha alma
Dilui-se em lágrimas
O espelho não reflete nada,
Que não seja o vazio
Vazio esse que brinco
E chamo de solidão...

Claro que vivo!!
Vivo a agonia dos dias
A loucura dos passos
O medo de descobrir
Que não sou eu
E sim todos em mim...
A paixão, deixo para os poetas
O amor é algo abstrato
Que vem rodeado de espinhos
A dor é algo enigmático
Visto – a na alma sem pedir rendição...

Abro a janela e vejo o mundo doentio
Cair num abismo é mais confortável que ter esperança
Fênix é original
Renascer das cinzas é meu dilema
Meu dia-a-dia não é um poema
Escrevo minhas angustias
Na bandeja estão meus pecados
Meu suicídio é utópico
Acordo para arquitetar outro...

Abro a porta e vejo o mundo
Desejo amores lascivos
Brinco com fantoches
No alto da noite, gritos
É apenas o eco do meu grito
Seduzindo minha solidão
Minha e somente minha
Depois do gozo vem a frustração
Acompanhada de agonia e vazio
Nessa dança bizarra
Entre eu e eu mesmo
Ou será outro corpo?
Ou será outra alma?
Diluída em lágrimas...


MAURO ROCHA 29/01/2008







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