terça-feira, 7 de agosto de 2007

OURO DE PRATA DE PRATA OURO

Ficar calado
E falar
O que já foi falado
E calar
Disse
Diz que me disse
O vício
Da fala
Inala
Respira o silêncio
Deságua
Caminha do quarto para a sala
E cala
Diante da tv que fala
Nada
Nada cala
Diante da morte
Que se espalha
Fala
O que já foi falado
Diante da vida
Passado
Presente
Futuro
Encima do muro
Dispara
A língua não para
Cala
Fala
Diz tudo
Para não dizer nada
Observa a página
Tatuada de poema
Entra em cena
O abstrato
O literal
O teatro cotidiano
A língua
Que fala
Com valor de prata
Que cala
Com sabor de ouro...



MAURO ROCHA 09/06/2007




Nenhum comentário: